As refinarias independentes na China são os principais compradores de remessas marítimas de petróleo de países sancionados pelos Estados Unidos, com a Malásia offshore servindo como um importante centro de transbordo.
Por Redação, com Reuters – de Nova York, NY-EUA
Operadores do mercado de combustíveis rebatizaram mais de US$1 bilhão em embarques de petróleo venezuelano para a China como óleo bruto brasileiro no ano passado, de acordo com informações de duas empresas de rastreamento de navios-tanque, documentos empresariais e quatro comerciantes, ajudando compradores a reduzir os custos de logística e contornar as sanções dos EUA.

As refinarias independentes na China são os principais compradores de remessas marítimas de petróleo de países sancionados pelos Estados Unidos, com a Malásia offshore servindo como um importante centro de transbordo para o petróleo bruto venezuelano e iraniano.
Malásia
Desde julho de 2024, no entanto, operadores também têm rebatizado o petróleo venezuelano como sendo do Brasil. Isso permitiu que navios-tanque navegassem diretamente da Venezuela para a China, evitando a parada nas águas da Malásia e encurtando a viagem em cerca de quatro dias.
Washington impôs sanções às exportações de energia venezuelanas desde 2019 para reduzir a receita de exportação de petróleo que financia o governo do presidente Nicolas Maduro.
Maduro e seu governo rejeitaram as sanções impostas pelos Estados Unidos e por outros países, dizendo que são medidas ilegítimas que equivalem a uma “guerra econômica” e que foram criadas para paralisar a Venezuela.
Desde que as sanções entraram em vigor, comerciantes de petróleo têm transferido petróleo de um navio para outro no mar para disfarçar a origem do petróleo bruto venezuelano antes de ser enviado para a China, que é o maior importador de petróleo bruto do mundo.