Os preços do barril do petróleo caíam mais de um dólar nesta segunda-feira, devido a uma incomum amenidade das temperaturas de inverno dos Estados Unidos, reduzindo as preocupações de que os baixos estoques de óleo para calefação se provassem insuficientes.
Às 11h04 (horário de Brasília), o petróleo era negociado na pré-abertura do mercado de Nova York a 43,08 dólares por barril, em baixa de 1,10 dólar. O mercado londrino permanecerá fechado nesta segunda-feira, e também na terça, o que deve manter os volumes reduzidos.
Apesar de queda de cerca de 3 dólares nas últimas cinco sessões, os preços da commodity estão 33 por cento acima do valor no começo do ano, imulsionados pela grande demanda e consequente enforcamento na produção e refino.
Interrupções na produção nos Estados Unidos, Noruega e Nigéria contiveram o fornecimento mundial em cerca de 500.000 barris por dia (bpd), mas o foco a curto-prazo é no clima dos Estados Unidos.
A empresa privada de previsão meteorológica Meteorlogix disse que as temperaturas na região que mais consome combustíveis para aquecimento dos EUA, o nordeste do país, cairiam abaixo do normal na segunda e terça-feira, mas que se elevariam acima do normal de quarta a sexta-feira.
"Com as temperaturas amenas e com as declarações que tivemos semana passada, estou mais inclinado a acreditar que teremos uma queda e que testaremos as margens de 40 a 40,25 dólares por barril", disse John Brady do ABN AMRO em Nova York. "O mercado definitivamente deve ficar na defensiva."
Os preços caíram três por cento na última quarta-feira após divulgação de dados dos estoques de refinados --incluídos óleo para calefação e diesel-- que mostraram crescimento, apesar da queda de temperatura, que deveria ter aumentado a demanda.
Na Ásia, o pior terremoto do mundo em 40 anos causou uma enorme onda tsunami que matou milhares de pessoas no sul e sudeste asiático, mas que não interrompeu as exportações de petróleo do único membro da Opep na região, a Indonésia, segundo autoridades.
No Iraque, sabotadores explodiram um duto doméstico que ligava os campos de petróleo do norte de Kirkuk a uma refinaria em Baiji, numa sequência de ataques que têm atingido exportadores.