Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Petrobras retoma ampliação em refinaria pernambucana

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Terça, 08 de Agosto de 2023 às 16:44, por: CdB

Em balanço divulgado na última quinta-feira, a petroleira reportou uma baixa contábil (impairment) de R$ 1,9 bilhão no segundo trimestre, principalmente relativa à segunda fase de obras da RNEST.


Por Redação, com ACS - do Rio de Janeiro

A estatal do petróleo Petrobras divulgou, nesta terça-feira, a decisão de retomar as obras da segunda unidade de produção da Refinaria Abreu e Lima (RNEST). Quase uma década paralisado, o projeto volta com um orçamento potencialmente multibilionário e determina uma reversão nos planos de desinvestimentos da companhia. Na última sexta-feira, o CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a primeira licitação referente às obras a RNEST já foi iniciada, com a oferta pública de sete contratos.

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A Refinaria Abreu Lima, em Pernambuco, é uma das maiores produtoras de combustíveis do país


— Aprovamos o investimento no Conselho e na Diretoria e estamos completamente livres para reiniciar a questão (do projeto) do trem 2 (a segunda etapa). A licitação já está na praça — adiantou Prates.

Em balanço divulgado na última quinta-feira, a petroleira reportou uma baixa contábil (impairment) de R$ 1,9 bilhão no segundo trimestre, principalmente relativa à segunda fase de obras da RNEST. Conforme as demonstrações contábeis, a avaliação da recuperabilidade nesta etapa “resultou no reconhecimento de perdas por desvalorização no montante de R$ 1,858 bilhão, principalmente em função da reavaliação do projeto, com revisão do escopo de infraestrutura logística, impactando no aumento dos investimentos necessários para a implantação”.

Detalhes


A peça contábil observa, ainda, o “aumento da taxa de desconto para 7,4% ao ano, de 7,1% em dezembro de 2022 e a redução do dólar, impactando negativamente o valor em uso”. A companhia ressaltou, no documento, que o projeto ainda é “resiliente” e apresenta “Valor Presente Líquido (VPL) positivo”.

Segundo o diretor executivo de engenharia, tecnologia e inovação da estatal, Carlos Travassos, os contratos relativos às novas obras da RNEST estão em diferentes estágios.

— Trata-se de um conjunto de sete contratos grandes. Empresas de diversos portes poderão participar, em um investimento bastante robusto, com potencial de geração de 30 mil empregos diretos e indiretos — resumiu.

A RNEST começou a ser planejada em meados de 2005 e a Petrobras chegou a negociar a entrada da estatal venezuelana de petróleo PDVSA como sócia no projeto – o que não saiu do papel.

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