Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Petrobras confirma intenção de assumir controle acionário da Braskem

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Segunda, 15 de Maio de 2023 às 14:29, por: CdB

Para a estatal, é preciso buscar uma saída para seu endividamento da Braskem, cujas ações estão desvalorizando diante do nível de comprometimento financeiro — cerca de seis vezes o Ebitda, quase o dobro do recomendável. Interlocutores de Prates afirmam que o governo avalia adquirir o controle da petroquímica seguindo a orientação de Lula.


Por Redação - do Rio de Janeiro

Em conversas reservadas que vazaram para a mídia conservadora, nesta segunda-feira, o presidente da Petrobras, Jean-Paul Prates (PT-RN), teria afirmado que a estatal avalia exercer o seu direito de preferência e adquirir o controle da Braskem. “A posição foi ventilada em resposta à oferta feita recentemente pela estatal árabe Adnoc e o fundo norte-americano Apollo que pretendem comprar a companhia pelo valor de face de R$ 47 por ação”, noticiou o diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo (OESP), nesta manhã.

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Unidade industrial da Braskem, braço petroquímico da antiga Odebrecht


O controle da empresa, atualmente, pertence à Novonor (ex-Odebrecht) e, caso a empresa aceite vender sua participação, a Petrobras (dona de 38%) tem a preferência. Ambos, segundo o OESP, refutaram a oferta dos árabes que, na prática, pagariam, no máximo, R$ 30 por ação, valor considerado tão baixo que nem se dispõem a sentar à mesa de negociação.

Acionistas


Para a estatal, é preciso buscar uma saída para seu endividamento da Braskem, cujas ações estão desvalorizando diante do nível de comprometimento financeiro — cerca de seis vezes o Ebitda, quase o dobro do recomendável. Interlocutores de Prates afirmam que o governo avalia adquirir o controle da petroquímica seguindo a orientação de Lula para ampliar o comando sobre empresas estratégicas.

A Petrobras, ainda segundo relatos obtidos pelo OESP, teria caixa suficiente para suportar uma operação desse porte. No entanto, a disposição dos acionistas no momento é oposta. O governo gostaria de resolver essa situação rapidamente e por um preço baixo.

A Odebrecht não tem pressa porque não pretende vender seus papéis pelo maior preço possível. Os bancos credores preferem trocar parte da dívida da Braskem por ações da nova companhia interessados em receber parte dos R$ 14 bilhões que emprestaram o quanto antes.

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