Borges acrescentou que o trabalho exploratório depende dos resultados iniciais de produtividade dos poços, para avaliar o grau de investimentos nas áreas disponíveis. Os investimentos previstos para a margem equatorial brasileira, nas oito prospecções, chega a US$ 1 bilhão.
Por Redação - do Rio de Janeiro
Diretor de Exploração e Produção da Petrobras, o engenheiro Fernando Borges informou, nesta sexta-feira, que a margem equatorial brasileira, que engloba as bacias da Foz do Rio Amazonas, Pará-Maranhão /Barreirinhas e Potiguar, terá oito poços a serem perfurados no período de 2022 a 2025. Dentre eles, seis poços serão na linha divisória com a Guiana Francesa. Dependendo da obtenção das licenças ambientais, dois poços serão perfurados ainda no ano que vem.
Borges acrescentou que o trabalho exploratório depende dos resultados iniciais de produtividade dos poços, para avaliar o grau de investimentos nas áreas disponíveis. Os investimentos previstos para a margem equatorial brasileira, nas oito prospecções, chega a US$ 1 bilhão.
Segundo os estudos realizados pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) a partir de dados disponibilizados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) as bacias sedimentares da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão/Barreirinhas e Potiguar mostram semelhanças com descobertas feitas no Golfo da Guiné, na África, e na Guiana/Suriname, o que sugere grande potencial exploratório de produção
Produção
O executivo da estatal avaliou, ainda, como normal a queda de produção observada no campo de Tupi porque sempre ocorre um declínio natural de produção de qualquer jazida de cerca de 10% a 12%, ao se terminar a testagem em todos os poços de produção.
— Isso é o que ocorre — adiantou.
Isso leva qualquer companhia petrolífera a buscar novas jazidas. Ainda segundo Borges, para manter uma produção constante de 2 milhões de barris por dia, é preciso agregar, no mínimo, 240 mil barris diários, todo ano, “porque senão, o declínio natural vai fazer a produção cair. Isso é do nosso negócio”. No período entre 2021 e 2022, para manter ou elevar um pouco mais a produção da empresa, “estão previstos em torno de 20 novos poços exploratórios”, adiantou.
Onze deles ficarão na Bacia de Campos, muitos deles na franja externa ao Polímero do Pré-Sal; seis poços no pré-sal da Bacia de Santos; dois poços na Bacia do Espírito Santo, também no pré-sal; e dois poços na margem equatorial, se a Petrobras conseguir obter as licenças ambientais.