Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Pesquisadores descobrem uma célula solar três vezes mais potente

Arquivado em:
Segunda, 18 de Março de 2024 às 18:50, por: CdB

Os polímeros semicondutores evaporados são ligados a um substrato para criar um material semi transparente, flexível, que dá nome às células por serem compostos orgânicos. Este processo resulta na formação de um material mais durável e eficiente na geração de eletricidade.


Por Redação, com ACS - de Curitiba e Rio de Janeiro

Pesquisas realizadas na Universidade Federal do Paraná (UFPR) em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), resultaram no desenvolvimento de uma célula solar que gera até três vezes mais energia do que as atuais; além de ser mais durável.

lucimar-roman.jpg
A professora Lucimara Stolz Roman, do Departamento de Física da UFPR, lidera o projeto


O objetivo dos pesquisadores é que, futuramente, o novo filme fotovoltaico substitua os painéis solares atualmente em uso. O novo tipo de célula solar, construída a partir de filmes finos flexíveis e gerados camada por camada como uma impressão, pode ser fabricado com a ajuda de uma tecnologia patenteada pela Universidade.

Os polímeros semicondutores evaporados são ligados a um substrato para criar um material semi transparente, flexível, que dá nome às células por serem compostos orgânicos. Este processo resulta na formação de um material mais durável e eficiente na geração de eletricidade.

 

Substratos


O principal benefício dessas células é que seu processo de produção ocorre em impressoras a rolo, o que permite a fabricação de quilômetros de células solares todos os meses em substratos flexíveis. Este tipo de célula fotovoltaica em filme flexível, é muito mais versátil do que as placas fotovoltaicas tradicionais.

O material depende menos do ângulo de incidência do sol. Além disso, é possível utilizar estruturas de sustentação mais leves e pode ser aplicado de diversas formas, inclusive em mobiliário urbano, estufas, fachadas de prédios e até mesmo em mochilas e casacos.

Segundo a professora Lucimara Stolz Roman, do Departamento de Física da UFPR, o processo foi possível após descobrir que um polímero semicondutor, contendo um átomo de silício, poderia sofrer uma ligação química depois que o filme foi feito combinando-o com uma molécula aceitadora de elétrons conhecida como fulereno.

 

Eficientes


Roman acrescentou que isso fornece benefícios à fabricação de camadas ativas com processamento pós-deposição, pois é um procedimento que ocorre após a conclusão de todas as etapas.

Os desenvolvedores acreditam que as células solares orgânicas devem ter o preço reduzido, serão mais duráveis e mais eficientes em um futuro não muito distante, o que tornará a energia solar muito mais acessível e viável, economicamente.

Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo