Na última reunião, todos os diretores do Copom defenderam uma política monetária mais contracionista, cautelosa e sem indicação futura sobre os juros. As contas para a alta do IPCA também subiram na pesquisa semanal com uma centena de economistas. A inflação está agora sendo calculada em 3,88% em 2024 e 3,77% em 2025, de 3,86% e 3,75% antes.
Por Redação – de Brasília
Economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) reduziram mais sua expectativa de afrouxamento monetário em 2024 e também em 2025, passando a ver apenas mais um corte de 0,25 ponto percentual este ano, com elevação nas estimativas para a inflação, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira.
A pesquisa, que apura a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostra agora que a projeção para a taxa Selic subiu para este ano a 10,25% e para o próximo a 9,18%, na mediana das projeções. Na semana anterior, as estimativas eram respectivamente de 10,0% e 9,0%.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC volta a se reunir em 18 e 19 de junho para deliberar sobre a taxa básica, atualmente em 10,5%, com o último corte do ano esperado para esse encontro, segundo o Focus.
Meta oficial
Na última reunião, todos os diretores do Copom defenderam uma política monetária mais contracionista, cautelosa e sem indicação futura sobre os juros. As contas para a alta do IPCA também subiram na pesquisa semanal com uma centena de economistas. A inflação está agora sendo calculada em 3,88% em 2024 e 3,77% em 2025, de 3,86% e 3,75% antes.
O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Para o Produto Interno Bruto (PIB), as estimativas de crescimento não tiveram alterações e seguem em 2,05% neste ano e 2,0% no próximo. O IBGE divulga na terça-feira os dados do PIB do primeiro trimestre.
Déficit
A mediana das projeções para o dólar em 2024 se manteve em todo o universo da pesquisa: em R$ 5,05 para 2024 e 2025 e em R$ 5,10 para 2026 e 2027.
Já a projeção para o resultado primário em 2024 ficou no mesmo déficit de -0,70 do PIB observado nas duas últimas semanas. A estimativa para 2025 melhorou, passando de -0,63% do PIB para -0,60% do PIB. Para 2026, a estimativa se mantém em -0,50% do PIB há 13 semanas. Já para 2027, a previsão teve melhora, passando de um déficit de -0,35% do PIB para -0,30% do PIB.
Para a dívida líquida do setor público, a projeção para 2024 caiu de 63,80% do PIB para 63,70% do PIB. E está estacionada nos mesmos 66,50% do PIB em 2025 nas últimas quatro semanas. Para 2026, continuou em 68,30% do PIB, enquanto a dívida prevista para 2027 passou de 70,55% do PIB para 70,88% do PIB.
Quanto às projeções para a balança comercial brasileira em 2024, a previsão de US$ 82 bilhões subiu para US$ 82,26 bilhões, enquanto o saldo positivo estimado para 2025 se manteve em US$ 78,0 bilhões na semana. Para 2026, a projeção continuou em US$ 80 bilhões, enquanto em 2027 permaneceu em US$ 85 bilhões.