O exame não especifica a quantidade dessas substâncias nem afirma se a presença delas causou a morte do empresário, apenas informa o que foi encontrado no trato estomacal.
Por Redação, com agências de notícias – do Rio de Janeiro
O laudo do IML ( Instituto Médico Legal) apontou presença de morfina no corpo do empresário Luiz Marcelo Ormond, morto supostamente após comer um brigadeirão feito pela namorada Julia Pimenta, no Rio de Janeiro.
O documento do IML diz que foi analisado “conteúdo estomacal” do corpo de Ormond e que “foram detectados na amostra as seguintes substâncias”:
Clonazepam; 7-Aminoclonazepam; Cafeía e Morfina.
O Clonazepam é um ansiolítico para o tratamento de distúrbios epilépticos e de pânico ou depressão. Já o 7-Aminoclonazepam é um metabólito, o resíduo que fica depois que o organismo aproveita a parte útil do medicamento.
O exame não especifica a quantidade dessas substâncias nem afirma se a presença delas causou a morte do empresário, apenas informa o que foi encontrado no trato estomacal. A polícia espera concluir o que matou Ormond nos próximos dias. Peritos já haviam encontrado um “líquido achocolatado” no estômago do empresário.
A investigação
A investigação da 25ª DP (Engenho Novo) também descobriu que Júlia Cathermol, que está presa pelo crime desde a noite de terça-feira, comprou 60 comprimidos em uma farmácia no dia 6 de maio. Ela apresentou receita e pagou R$ 158.
Segundo a polícia, Júlia agiu a mando de Suyany Breschak, a mulher que se apresenta como cigana e que também está presa.
– Podemos falar com bastante segurança que há elementos nos autos, muitos elementos indicativos, de que a Suyany seria a mandante e arquiteta desse plano criminoso – disse o delegado Marcos Buss.
Buss afirmou ainda que Suyany instruiu Júlia a comprar e a moer o Dimorf para acrescentar no brigadeirão. “A própria Suyany teria procurado informações sobre a aquisição de tal medicamento”, frisou.
Julia Pimenta foi transferida para o presídio de Benfica, na capital fluminense, após se entregar à polícia. A suspeita é de que a mentora espiritual da psicóloga possa ter sido a verdadeira mandante do crime.
A polícia investiga áudios enviados por Júlia a outro relacionamento como parte de um plano criminoso envolvendo envenenamento.