O PCO critica duramente o legado do Partido Democrata e seu papel em manter políticas que, segundo eles, não trouxeram melhorias para a classe trabalhadora dos EUA.
Por Redação – de São Paulo
O Partido da Causa Operária (PCO), numa análise dos desdobramentos da eleição presidencial nos EUA, avalia que a vitória do republicano de ultradireita Donald Trump não deve ser celebrada pela esquerda, mas a derrota de Kamala Harris, candidata do Partido Democrata, sim. Este é um resultado que enfraquece um dos setores mais influentes do bloco imperialista, acredita a legenda.
“O maior cabo eleitoral de Trump e da extrema-direita norte-americana foi justamente o Partido Democrata”, afirmou a agremiação, em suas redes sociais.
O PCO critica duramente o legado do Partido Democrata e seu papel em manter políticas que, segundo eles, não trouxeram melhorias para a classe trabalhadora dos EUA.
“O Partido Democrata não melhorou a vida dos trabalhadores dos EUA com sua política neoliberal e reforçou o caráter ditatorial da política do identitarismo”, destaca o partido. Para a sigla, essa posição alimentou o crescimento da extrema-direita e culminou na volta de Trump à Presidência.
Genocídio
O partido também faz uma análise mais ampla, associando a vitória de Trump à crise no próprio sistema imperialista norte-americano.
“Portanto, é uma derrota do principal setor do bloco imperialista. Dos responsáveis pelo genocídio em Gaza, por golpes de Estado e pela política de fome e destruição neoliberal em todo o planeta”, pontua o PCO.
Nesse contexto, a volta de Trump é interpretada não como um apoio a suas políticas, mas como um indicativo de fragmentação e instabilidade dentro do próprio bloco dominante, o que poderia abrir oportunidades para movimentos e países oprimidos pela política externa dos EUA.