Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Pazuello veste pijama, de olho em candidatura a vaga na Alerj

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Sexta, 04 de Março de 2022 às 13:06, por: CdB

Interessado em uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil, Pazuello solicitou sua passagem para a reserva remunerada no dia 21 de fevereiro, sendo atendido prontamente. O general da reserva tentava chegar à Câmara dos Deputados, mas teria desistido da ideia.

Por Redação - do Rio de Janeiro
O presidente Jair Bolsonaro transferiu o general de divisão e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello para a reserva remunerada do Exército, quando o militar “troca a farda pelo pijama”, no jargão militar. O ato foi publicado do Diário Oficial da União desta sexta-feira.
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O general Pazuello participou do ato público, ao lado de Bolsonaro, ambos sem máscaras higiênicas
Interessado em uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil, Pazuello solicitou sua passagem para a reserva remunerada no dia 21 de fevereiro, sendo atendido prontamente. O general da reserva tentava chegar à Câmara dos Deputados, mas teria desistido da ideia e concordado em disputar uma cadeira na Alerj pela legenda do PL, a mesma do presidente Jair Bolsonaro. Pazuello encerra a carreira no Exército com sua passagem para a reserva remunerada, que representa a aposentadoria do serviço militar. O general será afastado de suas atribuições e continuará recebendo remuneração que ocupava no cargo que exercia na Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, para o qual foi nomeado pelo chefe do Executivo em junho do ano passado.

‘Transgressão’

O general ocupou o Ministério da Saúde até março do ano passado, de onde saiu após ser pressionado por seu desempenho considerado insatisfatório perante a pandemia de covid-19. À época, o militar foi alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, acusado de ter ignorado ofertas de vacinas, incentivado o tratamento precoce e ter sido omisso na crise de oxigênio em Manaus. A pressão para que Pazuello passasse à reserva das Forças Armadas aumentou depois de sua participação em de ato político ao lado de Bolsonaro. O fato gerou uma comoção nas fileiras e motivou duras críticas de ex-titulares do Ministério da Defesa. O comando do Exército, no entanto, considerou que o general não cometeu “transgressão disciplinar” ao subir em carro de som com o presidente e arquivou o procedimento administrativo contra ele. Procurado, o setor de Comunicação do Exército ainda não se manifestou sobre a reforma do militar.
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