Desde que a Rússia invadiu sua vizinha em fevereiro, Francisco tem mencionado a Ucrânia em quase todas as suas aparições públicas e alertou várias vezes que a crise corre o risco de desencadear o uso de armas nucleares, com consequências globais incontroláveis.
Por Redação, com Reuters - da Cidade do Vaticano
O papa Francisco disse nesta quarta-feira que os ucranianos estão sofrendo hoje com o "martírio da agressão" e comparou a guerra da Rússia na Ucrânia ao "terrível genocídio" da década de 1930, quando o líder soviético Josef Stalin infligiu fome ao país.
Francisco, falando a milhares de pessoas na Praça de São Pedro em sua audiência geral semanal, mencionou o "Holodomor", ou morte pela fome, na qual milhões de ucranianos morreram.
– Este sábado marca o aniversário do terrível genocídio do Holodomor, o extermínio pela fome de 1932-33 que foi causado artificialmente por Stalin – disse ele.
– Rezemos pelas vítimas deste genocídio e rezemos por tantos ucranianos, crianças, mulheres, idosos, que hoje sofrem o martírio da agressão – afirmou.
Língua ucraniana
Por centenas de anos, a língua ucraniana e qualquer expressão da cultura ucraniana e identidade independente foram anuladas, primeiro sob o Império Russo dos czares e depois pelos soviéticos.
O Holodomor foi resultado dos esforços de Stalin para coletivizar a agricultura e erradicar o incipiente movimento nacionalista da Ucrânia.
Desde que a Rússia invadiu sua vizinha em fevereiro, Francisco tem mencionado a Ucrânia em quase todas as suas aparições públicas e alertou várias vezes que a crise corre o risco de desencadear o uso de armas nucleares, com consequências globais incontroláveis.