Vídeos de todos os cantos do país mostraram que o panelaço da última sexta-feira contra Jair Bolsonaro foi o maior desde a sua posse. Nas redes sociais, as postagens indicam que cresce o movimento pelo impeachment do “capetão”.
Por Altamiro Borges - de São Paulo Vídeos de todos os cantos do país mostraram que o panelaço da última sexta-feira contra Jair Bolsonaro foi o maior desde a sua posse. Nas redes sociais, as postagens indicam que cresce o movimento pelo impeachment do “capetão”. O crescente descontentamento talvez explique o nervosismo do genocida no programa Brasil Urgente, da Band. Ele se enrolou e mentiu descaradamente, sem ser incomodado pelo cordial âncora José Luiz Datena. Algo se move em plena quarentena! Convocado às pressas pela Internet por ativistas sociais, lideranças políticas e artistas, o protesto agitou vários bairros nas capitais e nas maiores cidades do país. Em São Paulo, por exemplo, além do panelaço foram projetadas imagens nos edifícios do centro da cidade contra o genocida que preside o país. “Sem oxigênio, sem vacina, sem governo”, protestava uma das projeções. A convocação do panelaço ocorreu pelas redes sociais a partir das cenas dramáticas das mortes por asfixia em Manaus (AM), em função da falta de oxigênio nos hospitais. A postura genocida do “capetão” Bolsonaro e a incompetência do general Eduardo Pazuello, sinistro da Saúde, parece que esgotaram a paciência de muita gente. O impeachment amadure!Bolsonaristas acuados nas redes sociais
Até na internet, que era um terreno ocupado pelos milicianos e robôs da extrema-direita, o quadro se inverteu. Conforme aponta matéria da revista CartaCapital, a partir das trágicas cenas de Manaus, as menções ao termo ‘impeachment’ cresceram 432%. “As redes sociais, antes dominadas pelo bolsonarismo, têm se movimentado em sentido contrário com uma força inédita”. “O levantamento da consultoria Arquimedes, obtido com exclusividade por CartaCapital, chama atenção pelo tamanho de menções em 24 horas: foram 270 mil posts até as 19h30 desta sexta-feira. Até as 21h, o volume de postagens chegou a 320 mil. A última vez que houve mobilização tão forte pelo impeachment de Bolsonaro foi na saída do ex-ministro Sergio Moro, em abril do ano passado, que chegou a 225 mil post”. A revista ainda destaca que o aumento da pressão pelo Fora Bolsonaro não decorre da participação de lideranças da oposição. “Chama atenção o papel preponderante de atores fora desse agrupamento ‘político’ nas redes. O ator Bruno Gagliasso e o ator e apresentador Fábio Porchat influenciam a maior parte do grupo que pede o impeachment ou critica o presidente e o Ministério da Saúde”. “Os pedidos de impeachment ainda são predominantemente de perfis de esquerda, mas já se vê a presença de perfis de outros espectros políticos, como o MBL e o Vem Pra Rua. Outros são até de fora do espectro político do dia a dia, como Fábio Porchat. O dia de hoje registrou recorde de menções pedindo impedimento do presidente”, explicou o sócio da consultoria Arquimedes, Pedro Bruzzi.Altamiro Borges, é jornalista.
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