Os imigrantes estavam em um limbo desde que a embarcação os recolheu no Mar Mediterrâneo no início de agosto.
Por Redação, com Reuters - de Madri/Roma
O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, disse nesta quinta-feira que seis países da União Europeia concordaram em receber cerca de 150 imigrantes de um navio de resgate que foi impedido de atracar na Itália, solucionando o mais recente conflito sobre imigração do Mar Mediterrâneo para a Europa. Os imigrantes estavam em um limbo desde que a embarcação os recolheu no Mar Mediterrâneo no início de agosto, e Matteo Salvini, ministro do Interior de extrema-direita italiano que adotou uma postura rígida com a chegada de refugiados desde que entrou no governo, em junho de 2018, se recusou a permitir que desembarcassem. O navio, que se chama Open Arms e é operado por uma entidade humanitária espanhola homônima, estava nas águas territoriais italianas nesta quinta-feira, um dia depois de um tribunal administrativo de Roma lhe dar permissão de entrada, suplantando a proibição imposta por Salvini. Salvini, líder do partido Liga, que forma parte da coalizão de governo, emitiu uma ordem de emergência para impedir o Open Arms de aportar na ilha italiana de Lampedusa, mas a ministra da Defesa, que é do Movimento 5-Estrelas, parceiro da Liga, se recusou a chancelá-la.