O documento foi encaminhado ao arcebispo de Aparecida do Norte, Dom Orlando Brandes, e ao reitor do Santuário, o padre redentorista Carlos Eduardo Catalfo. O protesto é subscrito por integrantes dos coletivos Padres da Caminhada e Padres Contra o Fascismo.
Por Redação - de São Paulo
As assinaturas de mais de 400 padres e 10 bispos católicos em manifesto divulgado nesta sexta-feira que acusa o presidente Jair Bolsonaro (PL) de ter profanado o Santuário de Nossa Senhora Aparecida no último dia 12, dia da Padroeira do Brasil. Na ocasião, o presidente da República foi recepcionado pelos fiéis em meio a muitas vaias e alguns aplausos.
O documento foi encaminhado ao arcebispo de Aparecida do Norte, Dom Orlando Brandes, e ao reitor do Santuário, o padre redentorista Carlos Eduardo Catalfo. O protesto é subscrito por integrantes dos coletivos Padres da Caminhada e Padres Contra o Fascismo. Os religiosos se indignaram pela participação ativa do presidente da República na liturgia.
No texto intitulado ‘O que é de César a César, e o que é de Deus a Deus (Mt 22,21) – A visita de Jair Bolsonaro ao Santuário Nacional de Aparecida’, os signatários repudiam o fato de Bolsonaro ter feito a leitura do ‘Livro de Ester’ e da Consagração à Nossa Senhora Aparecida em uma das celebrações que comemoravam o dia de Nossa Senhora Aparecida no Santuário.
Facínora
Bolsonaro, segundo os religiosos, “profana a fé no Deus da vida fazendo uso dela para meros fins politiqueiros e vilipendia o Evangelho de Jesus de Nazaré que veio para que todos ‘tenham vida e a tenham em abundância’ (Jo 10,10)”, destacaram. Salientaram ainda que “não pela primeira vez”.
O texto ainda afirma que o presidente “não tem nada de católico, nem de cristão, nem sequer de humano. É um facínora!”.