Depois de anos de atrasos, o plano mundial para lutar contra o aquecimento global entra em vigor nesta quarta-feira. O Protocolo de Kyoto - ratificado por 141 países, entre eles o Brasil - passou a funcionar formalmente a partir das 3h (horário de Brasília).
Uma cerimônia na cidade de Kyoto, onde o pacto foi assinado em 1997, marca a data e contaria com a presença da ambientalista Wangari Maathai, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 2004.
Grupos ambientalistas e a Organização das Nações Unidas (ONU) afirmam que o pacto é um importante primeiro passo na tentativa de limitar o aumento de temperaturas, do nível do mar e dos extremos meteorológicos. Mas alguns países desenvolvidos dizem que ele é injusto porque exclui importantes nações desenvolvidas - como Brasil, China e Índia.
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, pediu unidade global.
- Mudança climática é um problema global. Ela requer uma resposta global - disse ele em declarações a serem exibidas durante a cerimônia de Kyoto.
Kyoto estabelece limites compulsórios para a emissão de gases que causam o efeito estufa por países desenvolvidos. Esses países precisam diminuir sua emissão em 5,2% dos níveis de 1990. A meta tem de ser cumprida entre 2008 e 2012.
Em 2001, o presidente dos EUA, George W. Bush, retirou do protocolo seu país, o maior poluidor do mundo, afirmando que o pacto seria custoso demais e errava ao não exigir o cumprimento de metas pelos países em desenvolvimento. A Austrália também se retirou.