Pacheco preferiu não comentar sobre “papel manuscrito de autoria incerta” anexado pela ‘Operação Rejeito’, que apura os crimes relativos ao setor.
Por Redação – de Brasília
A investigação da Polícia Federal (PF) sobre um esquema de corrupção no setor da mineração foi encaminhada nesta quinta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF), em face da apreensão de um conjunto de anotações que citam dois senadores de Minas Gerais: o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD) e o atual presidente da CPI do INSS, Carlos Viana (Podemos).

Pacheco preferiu não comentar sobre “papel manuscrito de autoria incerta” anexado pela ‘Operação Rejeito’, que apura os crimes relativos ao setor. O senador é um dos cotados para a vaga do ministro Luís Roberto Barroso no STF e estranhou o “vazamento” das informações agora “sem nenhum critério e lastro em prova”.
Viana, por sua vez, disse que a única ligação com a Vale é um pedido de prisão que fez a um ex-presidente da empresa.
— O resto é especulação ou mentira — afirmou à reportagem do diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo.
Mensagens
Os documentos foram extraídos pela PF em diálogos do celular do delegado federal Rodrigo Teixeira, preso na operação deflagrada em 17 de setembro, por suspeita de favorecer indevidamente empresários da mineração em troca de exercer influência em órgãos públicos. As mensagens contendo fotos dos manuscritos foram enviadas em 2021.
A ‘Operação Rejeito’ investiga um esquema de corrupção de servidores públicos por empresários da mineração. Na deflagração, foram presos um diretor da Agência Nacional da Mineração (ANMP), integrantes de órgãos ambientais do governo de Minas e empresários.
As anotações extraídas pela PF têm nomes de diversos personagens, e uma breve descrição de cada um.