Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Organização acusa Qatar de deter e maltratar pessoas LGBT

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Segunda, 24 de Outubro de 2022 às 11:01, por: CdB

Os organizadores da Copa do Mundo, que começa em 20 de novembro e é a primeira realizada em um país do Oriente Médio, dizem que todos, independentemente de sua orientação sexual ou origem, são bem-vindos, apesar de também alertar contra demonstrações públicas de afeto.

Por Redação, com Reuters - de Doha

Forças de segurança no Qatar prenderam arbitrariamente e maltrataram pessoas LGBT do país recentemente, disse a Human Rights Watch (HRW) nesta segunda-feira, às vésperas da Copa do Mundo, que colocou em destaque as questões de direitos humanos no Estado do Golfo Árabe.
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Forças de segurança no Qatar prenderam arbitrariamente e maltrataram pessoas LGBT do país recentemente
A homossexualidade é ilegal no país conservador muçulmano e algumas estrelas do futebol levantaram preocupações sobre os direitos dos torcedores que viajam para o evento, especialmente indivíduos LGBT+ e mulheres, que, segundo grupos de direitos humanos, as leis do Qatar discriminam. Uma autoridade do Qatar disse em comunicado que as alegações da HRW "contêm informações que são categoricamente e inequivocamente falsas", sem especificar.

Copa do Mundo

Os organizadores da Copa do Mundo, que começa em 20 de novembro e é a primeira realizada em um país do Oriente Médio, dizem que todos, independentemente de sua orientação sexual ou origem, são bem-vindos, apesar de também alertar contra demonstrações públicas de afeto. "A liberdade de expressão e a não discriminação com base na orientação sexual e identidade de gênero devem ser garantidas, permanentemente, para todos os residentes do Catar, não apenas para os espectadores que vão ao Qatar para a Copa do Mundo", declarou a HRW em comunicado. A organização disse que entrevistou seis pessoas LGBT do Qatar, incluindo quatro mulheres transexuais, uma mulher bissexual e um homem homossexual, que relataram ter sido detidos entre 2019 e 2022 e submetidos a abusos verbais e físicos, incluindo chutes e socos. "Todos os seis disseram que a polícia os forçou a assinar promessas indicando que iriam ´cessar a atividade imoral´", disse, acrescentando que as mulheres transexuais detidas foram obrigadas a participar de sessões de terapia de conversão em uma clínica patrocinada pelo governo.  
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