O esquema funcionava com o apoio de funcionários de agências bancárias e trabalhadores terceirizados, que instalavam dispositivos eletrônicos falsificados na rede do banco.
Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro
Policiais civis do Rio de Janeiro prenderam, nesta segunda-feira, três pessoas suspeitas de praticar crimes cibernéticos contra agências bancárias. Segundo a Polícia Civil, eles seriam integrantes de uma organização criminosa que age em todo o país.
O esquema funcionava com o apoio de funcionários de agências bancárias e trabalhadores terceirizados, que instalavam dispositivos eletrônicos falsificados na rede do banco.
Com isso, o grupo criminoso conseguia acessar o sistema bancário e realizar operações como trocas de biometria, de foto e de documentos dos clientes, para que pudessem furtar dinheiro.
Quadrilha especializada em hackear bancos
Uma idosa, moradora de São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, fazia parte de uma quadrilha que “hackeava” agências bancárias. A investigação é do Delegado Moyses Santana, da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF).
Policiais Civis saíram em diligência para cumprir seis mandados de prisão e 15 de busca e apreensão, na manhã desta segunda-feira. O prejuízo é estimado em cerca de R$ 40 milhões ao redor do Brasil.
– Um mandado de busca (contra a idosa) foi cumprido com êxito. Telefones celulares apreendidos contra uma investigada que recebeu vultosas quantias de dinheiro provenientes desses golpes cibernéticos aplicados ao Banco do Brasil – disse o delegado Moyses Santana, em entrevista ao Bom Dia Rio.
De acordo com as investigações da DRF, a quadrilha instalava aparelhos no cabeamento de dados dos bancos, com isso realizava as transferências, furtando de vítimas aleatórias.
Após uma agência do Banco do Brasil, no Centro de Duque de Caxias, notar um acesso desconhecido na rede interna, agentes de segurança iniciaram as investigações.
Um funcionário terceirizado era o responsável por instalar o dispositivo nos cabos de internet. Ele foi descoberto depois que a polícia analisou as imagens da câmera de segurança.
– A quadrilha é altamente especializada, com conhecimentos muito apurados na área de TI (…) O crime era dividido em três etapas: aliciamento de funcionários contratados ou terceirizados; invasão da rede do banco; altos de engenharia social; onde eles mandavam as pessoas para realizar saques e movimentações financeiras, um prejuízo de aproximadamente R$40 milhões – disse o delegado da DRF.