Rio de Janeiro, 23 de Março de 2025

Operação mira tráfico internacional de fuzis de Miami para o Rio de Janeiro

A Polícia Federal realiza operação contra tráfico internacional de fuzis de Miami para o Rio de Janeiro, desmantelando facções criminosas.

Quinta, 20 de Março de 2025 às 10:48, por: CdB

As armas eram contrabandeadas para o Brasil e, depois, distribuídas a uma facção criminosa fluminense, que controla diversas comunidades no Estado.

Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro

A Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta quinta-feira,14 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de tráfico internacional de armas, no Rio de Janeiro. A ação conta com 80 agentes da PF e dez policiais civis.

Operação mira tráfico internacional de fuzis de Miami para o Rio de Janeiro | Investigações identificaram suspeito de chefiar organização criminosa
Investigações identificaram suspeito de chefiar organização criminosa

A Operação Cash Courier é um desdobramento da Operação Senhor das Armas, desencadeada em 2017, que apreendeu 60 fuzis no Aeroporto Internacional do Rio (Tom Jobim/Galeão). 

Investigações da PF identificaram o suspeito de chefiar a organização criminosa, que teria sido responsável por trazer 2 mil fuzis de Miami, nos Estados Unidos, para o Rio de Janeiro.

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As armas eram contrabandeadas para o Brasil e, depois, distribuídas a uma facção criminosa fluminense, que controla diversas comunidades no Estado.

O homem apontado como líder do esquema criminoso usava outras pessoas e empresas para adquirir imóveis e outros bens, com o objetivo de lavar o dinheiro obtido com o tráfico internacional de armas.

Além dos mandados de busca e apreensão, que estão sendo cumpridos em endereços residenciais e comerciais nos bairros da Barra da Tijuca e do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste da capital fluminense, a Justiça determinou o sequestro e bloqueio de bens e ativos no valor total de R$ 50 milhões.

Os investigados responderão pelos crimes de tráfico internacional de armas, organização criminosa, lavagem de capital, evasão de divisas, corrupção ativa e corrupção passiva.

A operação conta com apoio do Ministério Público Federal (MPF), da Polícia Civil e da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).

Roubo de vans

Policiais civis da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) realizam, nesta quinta-feira, uma operação contra um grupo criminoso especializado em roubos a vans. Segundo apurado, a quadrilha, que atua principalmente na Zona Oeste, após os roubos desmancha os veículos, a fim de vender suas peças.

As diligências ocorrem na Vila Aliança e contam com o apoio de outras unidades do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE). Os agentes estão nas ruas para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão.

A ação faz parte da segunda fase da Operação Torniquete, que tem como objetivo reprimir roubo, furto e receptação de cargas e de veículos, delitos que financiam as atividades das facções criminosas, suas disputas territoriais e ainda garantem pagamentos a familiares de faccionados, estejam eles detidos ou em liberdade. Desde setembro, já são mais de 450 presos, além de veículos e cargas recuperados.

As investigações revelaram que os criminosos operam de forma altamente organizada, contando com batedores, roubadores, receptadores e desmanchadores. O líder do grupo foi flagrado em diversas conversas coordenando as ações do bando, indicando alvos e negociando veículos roubados. Além dele, outros membros foram identificados.

As diligências demonstraram que os criminosos mantinham contato constante para planejar e executar os roubos. Durante a investigação, um dos comparsas da quadrilha foi preso em flagrante conduzindo uma van recém-roubada, confirmando a especialização do grupo nesse tipo de crime.

Investigações da Polícia Civil apontam que a associação criminosa causou um prejuízo de mais de R$ 5 milhões ao setor de transporte turístico no estado somente em 2024.

A operação tem como objetivo desarticular a estrutura criminosa e garantir mais segurança para a população, especialmente motoristas de transporte alternativo e empresas de turismo. Além das prisões, os agentes buscam apreender armas, celulares e outros materiais que possam reforçar as provas contra os investigados.

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