Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

OPEP+ tende manter aumento da oferta de petróleo até o fim do ano

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Quinta, 18 de Julho de 2024 às 19:19, por: CdB

A coalizão retém suprimentos há quase dois anos para sustentar os preços do petróleo, evitando um excedente ameaçado pela crescente produção norte-americana. Sua intervenção teve algum sucesso, pois levou o mercado a um déficit esperado para este trimestre e estabilizou uma fonte de receita vital para o grupo.

Por Redação, com Bloomberg – de Bruxelas

Os delegados da Opep+ esperam que a sessão de monitoramento do grupo em agosto não traga alterações nos planos para um aumento da oferta a partir do quarto trimestre, segundo informação de fontes à agência norte-americana de notícias Bloomberg News.

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O Brasil recebeu um convite formal para ingressar na OPEP+, que reúne ainda a Rússia e a Venezuela

O grupo liderado pela Arábia Saudita e pela Rússia concordou no mês passado em começar a restaurar a partir de outubro, de forma gradual, cerca de 2,2 milhões de barris por dia da produção de petróleo que foram “tirados” do mercado.

Quando os preços caíram imediatamente após o anúncio, as autoridades enfatizaram que um comitê que se reunirá em 1º de agosto poderia adiar o aumento, se fosse necessário.

 

Urgência

Desde então, o mercado de commodities recuperou-se, em termos de preços, com os futuros do Brent sendo negociados novamente perto de US$ 85 o barril, aliviando o senso de urgência do grupo. Não há planos para que o Comitê de Monitoramento Ministerial Conjunto emita qualquer recomendação sobre a política de produção, disseram os delegados, que pediram para não serem identificados, pois as negociações são privadas.

Isso ainda deixaria a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados com várias semanas a mais para considerar e depois decidir se devem prosseguir com o aumento da oferta – em teoria, até que as alocações de carga precisem ser definidas para os clientes no início de setembro. O movimento estaria de acordo com as decisões anteriores dos oito integrantes da Opep+ envolvidos nos chamados cortes “voluntários”.

— A Opep+ provavelmente esperará para ver se o tão esperado aumento da demanda neste verão (do hemisfério Norte) se materializa antes de tomar qualquer decisão sobre a produção — disse Jorge Leon, vice-presidente sênior da consultoria Rystad Energy AS.

 

Emirados

A coalizão retém suprimentos há quase dois anos para sustentar os preços do petróleo, evitando um excedente ameaçado pela crescente produção norte-americana. Sua intervenção teve algum sucesso, pois levou o mercado a um déficit esperado para este trimestre e estabilizou uma fonte de receita vital para o grupo.

Alguns países-membros, como os Emirados Árabes Unidos, estão ansiosos para retornar a produção interrompida e implantar uma nova capacidade de produção. Outros, como a Rússia, o Iraque e o Cazaquistão, têm arrastado a decisão de cumprimento dos cortes acordados enquanto buscam maximizar a receita.

O presidente russo, Vladimir Putin, e o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, conversaram na véspera sobre a cooperação da Opep+, informou o Kremlin em um comunicado.

 

Opção

Moscou se comprometeu a compensar o não cumprimento de sua parcela de cortes com restrições adicionais, mas ainda não forneceu todos os detalhes de como fará isso.

— O consenso é que, se a demanda aumentar no segundo semestre deste ano, a Opep+ teria espaço para começar a reduzir os cortes a partir de outubro — acrescentou Leon, da Rystad.

Há, no entanto, motivos para que o grupo exerça sua opção de “pausar ou reverter” o aumento programado da oferta.

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