Nenhum novo suprimento humanitário entrou no enclave palestino desde que Israel bloqueou a entrada de caminhões de ajuda no dia 2 de março.
Por Redação, com Reuters – de Gaza
Os chefes de seis agências da ONU pediram nesta segunda-feira uma renovação urgente do cessar-fogo em Gaza, alertando para a fome e escassez de ajuda e desde que Israel retomou seu ataque no enclave.

Nenhum novo suprimento humanitário entrou no enclave palestino desde que Israel bloqueou a entrada de caminhões de ajuda no dia 2 de março, quando as negociações sobre o próximo estágio de uma trégua, agora quebrada, foram paralisadas. Israel retomou seu ataque em 18 de março.
“Mais de 2,1 milhões de pessoas estão presas, bombardeadas e famintas novamente, enquanto, nos pontos de passagem, os suprimentos de alimentos, remédios, combustível e abrigos estão se acumulando”, disse uma declaração assinada em conjunto pelos chefes de seis agências da ONU, incluindo a agência de coordenação de ajuda da ONU (OCHA) e o Programa Mundial de Alimentos.
Pelo menos mil crianças foram mortas ou feridas durante a primeira semana após o reinício dos combates, acrescentou a declaração, descrevendo o número de mortes daquela semana como o mais alto para crianças em um ano.
“Estamos testemunhando atos de guerra em Gaza que demonstram um total desrespeito pela vida humana… Apelamos aos líderes mundiais para que ajam, de forma firme, urgente e decisiva, para garantir que os princípios básicos da lei humanitária internacional sejam respeitados”, diz a declaração.
Israel nega ter violado a lei humanitária em Gaza e culpa os combatentes do Hamas pelos danos causados aos civis por operarem entre eles, o que os combatentes negam.
Cessar-fogo
As agências também alertaram para a escassez crítica de alimentos e medicamentos no enclave. Vinte e cinco padarias apoiadas pelo Programa Mundial de Alimentos durante o cessar-fogo tiveram que fechar devido à escassez de farinha e gás de cozinha, segundo a agência.
Mais de 50 mil palestinos foram mortos pela campanha israelense em Gaza, segundo autoridades palestinas. A campanha foi lançada após milhares de homens armados liderados pelo Hamas atacarem comunidades no sul de Israel em 7 de outubro de 2023, matando 1,2 mil pessoas e sequestrando 251 como reféns, de acordo com os registros israelenses.