Guterres agradeceu ao Egito a autorização para a entrada dos 20 primeiros caminhões com ajuda humanitária para atender à população de Gaza.
Por Redação - do Cairo
Secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o diplomata português António Guterres voltou a condenar neste sábado os ataques do Hamas e o conflito que dura mais de 50 anos no território, pedindo um cessar-fogo imediato.
Guterres agradeceu ao Egito a autorização para a entrada dos 20 primeiros caminhões com ajuda humanitária para atender à população de Gaza.
— Quero expressar minha profunda gratidão ao Egito pelo papel fundamental que desempenha neste sentido — afirmou.
O representante da ONU afirmou, ainda, que "o povo de Gaza precisa de maiores compromissos" e a "entrega de auxílio dentro da escala necessária”.
— As dores do povo palestino são longas, são legítimas, não podemos ignorar o contexto mais amplo desses eventos trágicos — acrescentou.
Ataque terrível
Guterres lembrou ainda que este é um "conflito de 56 anos de ocupação sem fim à vista". Contudo, "nada pode justificar as ações do Hamas que aterrorizaram os civis israelenses".
— Esses ataque terríveis nunca poderão justificar o castigo coletivo do povo palestino — afirmou.
Os objetivos da ONU têm de ser claros, disse ainda Guterres, referindo-se ao "auxílio humanitário para os civis em Gaza", à "libertação de todos os reféns" e a um "esforço imediato para impedir o aumento da violência".
— O que peço é um cessar-fogo imediato — afirmou.
Crianças
Para Guterres, o que as Nações Unidas pretendem é encontrar "estabilidade, uma resolução para os dois Estados".
"Chegou o momento de agir para terminar este pesadelo, para construir um futuro que vá ao encontro do sonho das crianças da Palestina, de Israel e do resto do mundo".