Rio de Janeiro, 09 de Dezembro de 2025

Oito são presos em SP por fraude milionária contra fintech

Operação Azimut investiga fraudes em fintechs e movimentação de R$ 7 bilhões. Sete pessoas são presas em esquema de lavagem de dinheiro.

Terça, 09 de Dezembro de 2025 às 12:17, por: CdB

Operação prende sete pessoas e mira empresa que movimentou R$ 7 bilhões em dois anos; investigadores apuram lavagem de dinheiro e uso indevido de credenciais bancárias.

Por Redação, com Agenda do Poder – de São Paulo

A Polícia Civil de São Paulo deflagrou, na manhã desta terça-feira, a Operação Azimut, que investiga um esquema de fraudes contra sistemas bancários e empresas de meios de pagamento. O grupo é acusado de desviar mais de R$ 20 milhões de uma fintech no início deste ano e de movimentar valores de origem ilícita por meio de empresas de fachada e contas destinadas a ocultar o dinheiro.

Oito são presos em SP por fraude milionária contra fintech | Detido na Operação Azimut chega à sede da Polícia Civil em São Paulo
Detido na Operação Azimut chega à sede da Polícia Civil em São Paulo

Até o momento, oito pessoas foram presas, entre elas os sócios de uma empresa que, segundo as investigações, movimentou quase R$ 7 bilhões nos últimos dois anos, e integrantes de um escritório de contabilidade que teria dado suporte operacional ao esquema criminoso. A polícia ainda apura com detalhes o papel exercido por essa empresa no circuito de desvios.

Esquema envolvia furto, estelionato e lavagem de dinheiro

Os alvos da operação são investigados por furto, estelionato e lavagem de dinheiro contra empresas de meios de pagamento, como operadoras de maquininhas de cartão. De acordo com a apuração, o grupo utilizava credenciais válidas de acesso para executar desvios e fraudar uma empresa de gestão de recebíveis ligada ao sistema financeiro. Os nomes dos investigados não foram divulgados.

A ação policial cumpre 12 mandados de busca e 12 de prisão temporária em Campinas, Hortolândia e São Paulo. Sete mandados já foram cumpridos, e diligências seguem em andamento para localizar os demais suspeitos.

A Secretaria de Segurança Pública informou que uma parte significativa dos valores desviados era transferida para empresas e contas usadas para camuflar a origem do dinheiro. O fluxo financeiro, segundo os investigadores, indica um esquema sofisticado de ocultação patrimonial.

Operação Azimut busca ampliar mapa dos envolvidos

Conduzida pela Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCIBER) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), a operação mobiliza cerca de 40 policiais. O objetivo é identificar todos os integrantes da quadrilha, rastrear a circulação do dinheiro e recolher provas que permitam aprofundar o inquérito.

A Polícia Civil acredita que o grupo atuava de forma coordenada, com divisão de tarefas entre responsáveis pela tecnologia usada nas fraudes, operadores financeiros e empresas de fachada que funcionavam como suporte para a lavagem do dinheiro desviado.

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