Somente no ano passado, 244.132 pessoas solicitaram proteção no país, a maioria sírios e afegãos. Dados não incluem refugiados ucranianos, que não precisam solicitar o documento.
Por Redação, com DW - de Berlim
O número de pedidos de asilo na Alemanha aumentou 27,9% no ano passado. A maioria dos candidatos é da Síria e do Afeganistão, uma vez que refugiados da Ucrânia não precisam solicitar o documento.
Desta forma, sem contar os ucranianos, 244.132 pessoas solicitaram proteção na Alemanha em 2022, no ano anterior, haviam sido 190.816.
O número fica acima do polêmico "limite superior" de 200 mil pessoas usado como referência pelo ex-ministro do Interior Horst Seehofer (CDU). Os dados são do Departamento Federal para Migração e Refugiados (BAMF, na sigla em alemão), obtidos com pela emissora estatal ARD.
Além desses requerentes de asilo, a Alemanha recebeu cerca de 1.044.000 pessoas vindas na Ucrânia somente no ano passado, devid à invasão do país pela Rússiao , que provocou o maior êxodo de pessoas na Europa desde a segunda guerra mundial.
No tipo do ranking de requerentes estão os sírios: 70.976, um aumento de 29,3% em relação ao ano anterior. Em seguida vem os afegãos: 36.358, um crescimento de 56,2%.
A Síria está envolvida em uma guerra civil desde 2011 e o Afeganistão voltou às mãos do regime Talebã em 2021, o que justifica o grande número de pedidos.
No entanto, em porcentagem, o maior aumento de requerentes está entre os turcos: 23.938 pessoas, um aumento de 238,7%. O relatório da BAMF não traz um motivo para isso, mas supõe-se que o altíssimo número possa ter relação com a situação econômica da Turquia.
Mais da metade dos casos aprovados
Entre os pedidos já processados, 56,2% de todos os casos tiveram respostas positivas. Entre os sírios, o índice de aprovação é de 90,3% e, entre os afegãos, de 83,5%.
O mesmo, no entanto, não ocorre com os iranianos, para os quais a aprovação foi concedida em apenas 22,5% dos casos.
Em novembro, a Agência da União Europeia para o Asilo (EUAA) informou que número de pessoas em busca de proteção internacional na Europa em 2022 atingiu níveis não vistos desde a crise migratória de 2015, quando mais de um milhão de pessoas chegou ao continente fugindo de conflitos, perseguições e da pobreza.
Somente no mês de agosto, em torno de 84,5 mil pessoas pediram asilo nos 27 países da UE, assim como na Noruega e na Suíça.