As equipes de resgate trabalharam durante a noite desta segunda-feira para tentar retirar diversas pessoas que estão presas nos destroços de um trem que descarrilou no Japão e deixou pelo menos 71 mortos, no pior acidente ferroviário do país em 40 anos.
As investigações em torno da causa do acidente concentram-se na velocidade em que o trem estava no momento em que saiu dos trilhos na cidade de Osaka, oeste do país, e se chocou contra um prédio de apartamentos na hora do rush da segunda-feira.
De acordo com a agência de notícias Kyodo, a polícia realizará buscas na terça-feira nos escritórios da operadora ferroviária Japan Railway (JR West). A suspeita é de negligência profissional.
Duas mulheres foram retiradas com vida dos destroços no início da terça-feira (horário local), e as equipes de resgate ainda tentavam retirar cerca de dez pessoas presas nas ferragens.
Mais de 130 das 440 pessoas que ficaram feridas estão em estado grave, segundo a imprensa japonesa.
Os sobreviventes que estavam no trem que levava 580 passageiros disseram ter sentido que a composição, que estava atrasada, ia mais rápido do que o normal.
"Eu acho que o maquinista estava com pressa, porque o trem estava atrasado. Ele estava tão rápido que nós chegamos a uma curva e eu achei que não conseguiríamos fazê-la", disse um jovem de cerca de 20 anos, com o rosto ensaguentado, à emissora de televisão pública, NHK.
O maquinista, de 23 anos e com 11 meses de experiência, ainda está desaparecido.
Cinco dos sete vagões da composição descarrilaram.
Foi o pior acidente ferroviário no Japão desde 1963 quando cerca de 160 pessoas morreram em uma colisão entre vários trens em Yokohama.
O acidente da segunda-feira, no entanto, é o pior desde que a malha ferroviária do país foi privatizada em 1987.