Joaquim Levy pediu para deixar a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), neste domingo, um dia após o presidente da República, Jair Bolsonaro, ameaçar publicamente demiti-lo se ele não afastasse um executivo do banco de fomento.
Por Redação - do Rio de Janeiro
O secretário especial adjunto do Ministério da Economia, Gustavo Henrique Moreira Montezano, assume o lugar do economista Joaquim Levy, na Presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Montezano é economista, graduado em engenharia no IME e atuou como SEO de grupos econômicos; além de ser sócio do banco BTG Pactual. A solução doméstica para o escândalo em que se transformou a demissão de Levy, pela imprensa, quando soube do presidente Jair Bolsonaro que estava com sua "cabeça a prêmio", segundo analistas ouvidos pela reportagem do Correio do Brasil, mostra o nível de repulsa dos quadros econômicos do país à gestão do mandatário neofascista.
Joaquim Levy pediu para deixar a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), neste domingo, um dia após o presidente da República, Jair Bolsonaro, ameaçar publicamente demiti-lo se ele não afastasse um executivo do banco de fomento.
No comunicado, Levy disse que já encaminhou o pedido de desligamento ao ministro da Economia, Paulo Guedes, responsável por nomeações na área econômica. Em comunicado, Levy agradeceu ao ministro pela confiança e disse que espera sucesso do país na aprovação de reformas.
“Agradeço também, por oportuno, a lealdade, dedicação e determinação da minha diretoria. E, especialmente, agradeço aos inúmeros funcionários do BNDES, que têm colaborado com energia e seriedade para transformar o banco”, disse Levy.
Uma das razões para a demissão de Levy, segundo analistas econômicos ouvidos pela reportagem do Correio do Brasil; além do viés político, foi a inexistência de uma ‘caixa preta’ no BNDES, mais uma denúncia vazia do presidente Bolsonaro, durante a campanha eleitoral.