Dirigentes do União Brasil afirmam que a legenda lançará nome próprio nas eleições presidenciais do ano que vem. Sem lideranças de dimensão nacional, um dos nomes mais cotados é do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.
11h29 - de Brasília
DEM e PSL aprovaram a fusão dos dois partidos na última quarta-feira. Como resultado, o União Brasil já nasce como a maior bancada do Câmara dos Deputados, com 81 representantes. Esse número, no entanto, deve cair. Cerca da metade dos 52 deputados do PSL deve acompanhar o presidente Jair Bolsonaro, assim que ele definir sua nova agremiação.
Dirigentes do União Brasil afirmam que a legenda lançará nome próprio nas eleições presidenciais do ano que vem. Sem lideranças de dimensão nacional, um dos nomes mais cotados é do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.
Estratégia
Além disso, o partido também tem intenções de lançar nomes ao governo em pelo menos 10 estados. No entanto, apesar da abocanhar maior fatia dos fundos eleitoral e partidário, o principal desafio do União Brasil será evitar certo declínio eleitoral, já que não contará com o apoio do atual presidente.
— A estratégia dos partidos é juntarem forças, sabendo que não vão poder contar com o apoio irrestrito de Bolsonaro — afirmou o cientista político Vitor Barletta, professor da faculdade de Ciências Sociais da PUC-Campinas, à agência brasileira de notícias Rede Brasil Atual (RBA) nesta sexta-feira.
— Vai ser um partido grande com certeza. Não acho que vai encolher muito. Mas se vai continuar se mantendo como o maior, é mais difícil de avaliar — acrescentou.
Governabilidade
O objetivo do novo partido será manter suas dimensões iniciais, para manter influência no Congresso Nacional, independentemente de quem vença a disputa presidencial em 2022.
— O diálogo vai ter que acontecer, de uma forma ou de outra. É um partido que se diz de direita moderada ou, até mesmo, de centro. Mas, no fundo, são velhas tradições políticas que estão ali misturadas — concluiu.