Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Novo ataque deixa israelenses e palestino feridos em Jerusalém

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Sábado, 28 de Janeiro de 2023 às 12:10, por: CdB

Os atentados ocorrem em um momento de escalada da violência, que acelerou na quinta-feira, após uma das operações mais letais do exército israelense na Cisjordânia ocupada em quase duas décadas, que terminou com nove palestinos mortos. O ataque deste sábado aconteceu no bairro palestino de Silwan, fora do muro que demarca a Cidade Antiga.

Por Redação, com agências internacionais - de Jerusalém
Um garoto palestino de apenas 13 anos abriu fogo e feriu dois homens, neste sábado, em Jerusalém Oriental, antes de também ser atingido por tiros disparados por policiais. O fato ocorre um dia após as mortes de sete pessoas em um tiroteio executado por outro palestino diante de uma sinagoga na mesma localidade.
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Nas ruas milenares da Jerusalém Oriental, um conflito antigo volta a produzir vítimas entre israelenses e palestinos
Os atentados ocorrem em um momento de escalada da violência, que acelerou na quinta-feira, após uma das operações mais letais do exército israelense na Cisjordânia ocupada em quase duas décadas, que terminou com nove palestinos mortos. O ataque deste sábado aconteceu no bairro palestino de Silwan, fora do muro que demarca a Cidade Antiga, em Jerusalém Oriental, zona anexada por Israel desde 1967. Fontes médicas e policiais indicam que foram atingidos um homem de 47 anos e seu filho de 23 anos, ambos feridos por tiros "na parte superior do corpo”. O agressor, segundo autoridades israelenses, foi "ferido e neutralizado" pelas forças de segurança e identificado como um "residente de 13 anos de Jerusalém Oriental", informou a polícia.

Holocausto

Algumas horas antes, a polícia anunciou 42 detenções relacionadas com o ataque de sexta-feira, cometido por um palestino de 21 anos que abriu fogo contra pessoas reunidas na saída de uma sinagoga durante o ‘shabat’. O atirador matou sete israelenses. O massacre aconteceu no Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, visitou a sinagoga na sexta-feira à noite e foi recebido por dezenas de pessoas aos gritos de "morte aos árabes”. O deputado Mickey Levy, do partido centrista Yesh Atid (oposição), advertiu que a nova onda de violência recorda a segunda Intifada, a revolta palestina de 2000 a 2005 que provocou mortes dos dois lados. — O que aconteceu há 20 anos está começando a se repetir agora. Temos que sentar, pensar como podemos avançar e deter esta situação — disse Levy à agência francesa de notícias AFP.

Cisjordânia

O chefe de polícia de Israel, Kobi Shabtai, classificou o massacre na sinagoga como "um dos piores ataques" dos últimos anos. A Autoridade Palestina, que governa a Cisjordânia, afirmou em um comunicado que Israel é "plenamente responsável pela escalada perigosa". O grupo libanês Hezbollah, um dos principais inimigos de Israel, considerou o ataque de sexta-feira "heroico" e expressou "apoio absoluto a todas as medidas adotadas pelas facções da resistência palestina". O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu aos dois lados que "evitem a qualquer custo uma espiral de violência". A Rússia defendeu "máxima moderação".
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