Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Novo administrador do Iraque quer priorizar ordem pública

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Quinta, 15 de Maio de 2003 às 20:42, por: CdB

O novo administrador interino do Iraque, Paul Bremer, disse nesta quinta-feira que sua prioridade no cargo será restaurar a ordem pública e o respeito às leis no país. A afirmação foi feita em Bagdá num momento em que a administração americana tem sido criticada pela lentidão no processo de reconstrução iraquiano. Bremer disse que milhares de soldados e policiais americanos estão sendo enviados ao Iraque para aumentar a segurança no país e ajudar na reconstrução. - Traremos cerca 15 mil soldados nas próximas duas a três semanas. Entendemos a importância de lidar com esse problema (de segurança), acreditamos que é necessário realizar o esforço de convocar mais tropas e é isso que faremos. Baath - É minha responsabilidade, como administrador da autoridade interina estabelecida pela coalizão (que invadiu o Iraque, liderada pelos Estados Unidos) restabelecer a segurança no Iraque - afirmou. Bremer fez as declarações em sua primeira coletiva à imprensa desde que chegou a Bagdá, na semana passada. Ele está substituindo o general aposentado Jay Garner, que estava liderando a reconstrução do Iraque nas últimas semanas. O novo administrador interino disse que muita coisa precisa ser mudada no país, depois de anos de governo de Saddam Hussein. "Seus instrumentos e seu uso do poder e da repressão estão profundamente enraizados na sociedade", analisou Bremer. - Temos a obrigação agora de construir o novo Iraque sem esses instrumentos. Para tanto, Bremer deixou claro que vai tomar providências contra membros do partido de Saddam Hussein, o Baath, que controlava o país até a queda do presidente. - Estamos determinados a não deixar os membros do Baath e Saddam Hussein voltarem ao Iraque. O Iraque precisa continuar sendo livre e independente, um país estável e representativo. Segundo a correspondente da BBC em Bagdá Barbara Plett, os americanos decidiram manter em seus cargos alguns funcionários do governo de Saddam Hussein a fim de acelerar o processo de reconstrução do país. Essa medida, segundo a correspondente, foi entendida por alguns como uma decisão puramente prática, mas incomodou a muitos iraquianos.

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