Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Nova pesquisa mostra recuperação de Lula junto ao eleitorado

Nova pesquisa revela que Lula lidera as intenções de voto para as eleições de 2026, com forte apoio do eleitorado. Fernando Haddad também se destaca como candidato progressista.

Terça, 08 de Julho de 2025 às 19:10, por: CdB

Já no terceiro cenário, sem Lula, Fernando Haddad surge como candidato do campo progressista com 33,3%, praticamente empatado com Tarcísio, que tem 34%.

Por Redação – de Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera com margem confortável os cenários de primeiro turno e venceria todos os possíveis adversários em simulações de segundo turno para as eleições presidenciais de 2026, caso o pleito ocorresse hoje. Os dados constam da nova pesquisa Latin America Pulse – Junho 2025 divulgada nesta terça-feira, sob encomenda do instituto AtlasIntel em parceria com a agência norte-americana de notícias Bloomberg Línea.

Nova pesquisa mostra recuperação de Lula junto ao eleitorado | Lula começa a ganhar novo fôlego para disputar um quarto mandato
Lula começa a ganhar novo fôlego para disputar um quarto mandato

Os números indicam ampla vantagem de Lula frente a nomes da direita como Tarcísio de Freitas (Republicanos); Michelle Bolsonaro; Romeu Zema (Novo); Ronaldo Caiado (União); Ratinho Jr. (PSD) e Eduardo Leite (PSDB). Nos três cenários principais simulados para o primeiro turno, Lula aparece como o candidato mais votado em dois deles.

No primeiro cenário, Lula lidera com 44,6%, seguido por Tarcísio de Freitas (34%). Os demais nomes ficam abaixo de 5%, incluindo Romeu Zema (4,4%), Pablo Marçal (3,7%) e Ciro Gomes (3,5%) e no segundo cenário, o presidente chega a 45%, enquanto Michelle Bolsonaro soma 30,4%. Zema (7,2%), Ratinho Jr. (4,8%) e Caiado (4%) aparecem em seguida.

 

Segundo turno

Já no terceiro cenário, sem Lula, Fernando Haddad surge como candidato do campo progressista com 33,3%, praticamente empatado com Tarcísio, que tem 34%. Ciro Gomes (8,3%) é o terceiro colocado.

O estudo também simulou cenários de segundo turno, sempre com Lula como candidato do campo progressista. Em todos eles, o presidente sairia vitorioso:

Contra Tarcísio de Freitas: 47,6% x 46,9% (diferença de 0,7 ponto);

Contra Michelle Bolsonaro: 48% x 47,5% (diferença de 0,5 ponto);

Contra Romeu Zema: 48% x 38,6% (diferença de 9,4 pontos);

Contra Ronaldo Caiado: 47,8% x 35,3% (diferença de 12,5 pontos);

Contra Ratinho Jr.: 47,3% x 39% (diferença de 8,3 pontos);

Contra Eduardo Leite: 47% x 23,9% (diferença de 23,1 pontos.

 

Prestígio

A pesquisa indica, ainda, que a aprovação do presidente Lula também se recupera. Segundo os dados, 47,3% dos brasileiros entrevistados aprovam o desempenho do presidente, enquanto 51,8% o desaprovam. Outros 0,9% afirmaram não saber ou preferiram não opinar.

Os números refletem uma leve melhora para o governo: em maio, a desaprovação era de 53,7%, caindo agora 1,9 ponto percentual. A aprovação, por sua vez, subiu na mesma proporção, de 45,4% para os atuais 47,3%. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

Sobre a avaliação do governo Lula, 51,2% dos entrevistados pela Atlas/Intel avaliam a gestão como ruim/péssima. Já 41,6% avaliam como ótimo/bom e 7,2% como regular. As oscilações, segundo a pesquisa, se mantiveram estáveis em relação a maio, dentro da margem de erro.

 

Sem Bolsonaro

Mesmo nos cenários mais disputados — contra Tarcísio e Michelle — Lula permanece na frente. A vantagem cresce de forma expressiva diante de nomes menos consolidados no cenário nacional, como Eduardo Leite, Ronaldo Caiado e Ratinho Jr.

Embora o nome de Jair Bolsonaro ainda apareça em alguns recortes da pesquisa, o ex-presidente deve ser desconsiderado como candidato viável em 2026. O ex-mandatário neofascista foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030 e está prestes a ser preso por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado.

O estudo foi feito entre os dias 27 e 30 de junho, com 2.621 entrevistados em todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

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