Os dois ganhadores estudaram proteínas que evitam que o corpo e seus principais glóbulos brancos, conhecidos como linfócitos T, ataquem células cancerígenas com eficiência.
Por Redação, com Reuters - de Estocolmo
O norte-americano James Allison e o japonês Tasuku Honjo receberam o Prêmio Nobel de Medicina ou Fisiologia de 2018 por descobertas que levaram a novas abordagens para fortalecer o sistema imunológico no combate ao câncer, informou nesta segunda-feira a entidade que concede os prêmios.
– Allison e Honjo mostraram como estratégias diferentes para inibir os freios do sistema imunológico podem ser usadas no tratamento do câncer – disse a Assembleia do Nobel no Instituto Karolinska da Suécia ao conceder o prêmio de 9 milhões de coroas suecas, equivalentes a US$ 1 milhão.
Os dois ganhadores estudaram proteínas que evitam que o corpo e seus principais glóbulos brancos, conhecidos como linfócitos T, ataquem células cancerígenas com eficiência.
Centro do Câncer
Allison, professor do Centro do Câncer MD Anderson da Universidade do Texas, estudou uma proteína que funciona como um freio para o sistema imunológico e percebeu o potencial para liberar glóbulos brancos para estes atacarem tumores se o freio puder ser desativado.
Honjo, professor da Universidade de Kyoto desde 1984, descobriu separadamente uma segunda proteína nos glóbulos brancos e revelou que ela também funciona como um freio, mas com um mecanismo diferente.
– As descobertas seminais dos dois laureados constituem um marco em nossa luta contra o câncer – disse o instituto.
A medicina é a primeira categoria premiada pelo Nobel a cada ano. Os prêmios por conquistas na ciência, literatura e paz foram criados conforme o testamento de Alfred Nobel, empresário e inventor da dinamite, e vêm sendo concedidos desde 1901.
O prêmio de literatura não será concedido neste ano porque a entidade responsável foi abalada por um escândalo de assédio sexual.