As tensões na Venezuela cresceram desde que o líder oposicionista Juan Guaidó se auto declarou presidente do país.
Por Redação, com Sputnik - de Caracas
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta sexta-feira que deu a ordem às Forças Armadas Nacionais Bolivarianas para realizar novos exercícios militares, no dia 24 de julho, para defender as fronteiras do país.
– Eu dei ordens para novos exercícios militares, exercícios militares que serão desenvolvidos em 24 de julho (...) para a defesa do Mar do Caribe, as costas venezuelanas e as fronteiras venezuelanas, especialmente para testar nossos planos de defesa nacional – disse o presidente.
A declaração foi feita no dia Dia da Independência da Venezuela quando protestos contra e a favor do presidente ocorrem em Caracas e em diversas cidades do país.
As tensões na Venezuela cresceram desde que o líder oposicionista Juan Guaidó se auto declarou presidente do país. Desde então, os EUA e diversos outros países não reconhecem mais Maduro como presidente legítimo do país e vêm aplicando sanções contra a Venezuela.
A Rússia, China e outras nações reconhecem Maduro como líder do país e criticam as sanções impostas pelos EUA.
EUA
A Venezuela é alvo de uma "agressões múltiplas" pelos Estados Unidos, disse o vice-ministro do Ministério da Comunicação Internacional dos Negócios Estrangeiros do país, William Castillo, durante uma sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
– Por 20 anos a Venezuela é alvo de agressões múltiplas pelos EUA – disse Castillo, acusando Washington de usar métodos, como golpes, tentativas de assassinato, sabotar a indústria petrolífera e utilitários, bem como o bloqueio econômico para derrubar o governo do país.
O vice-chanceler afirmou que o bloqueio dos Estados Unidos às empresas que fazem negócios com a Venezuela faz com que o país não possa refinanciar sua dívida.
Entre outras consequências, ele relatou que US$ 30 milhões em ativos da estatal PDVSA empresa de petróleo da Venezuela foram ilegalmente confiscados pelos EUA e US$ 5,4 milhões foram congelados em bancos internacionais, prejudicando a compra de alimentos, medicamentos e suprimentos para o povo venezuelano.
Ele também elogiou o fato de a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, ter reconhecido no relatório publicado na quinta-feira que as sanções "agravam a situação econômica e prejudicam os direitos humanos".