A resolução adotada pela Assembleia concede à Palestina novas competências que superam seu status atual de Estado observador não membro e que definem sua participação na Assembleia Geral, sem lhe dar direito a voto ou a capacidade de se candidatar a eleições para órgãos da ONU.
Por Redação, com EFE – de Jerusalém
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, expressou nesta quarta-feira sua rejeição à resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas de 10 de maio, na qual 143 Estados, entre os 193 membros da ONU, votaram a favor da integração da Palestina como um Estado de pleno direito, uma decisão que agora cabe ao Conselho de Segurança.
– Não daremos recompensa pelo terrível massacre de 7 de outubro. Não permitiremos que eles estabeleçam um Estado terrorista a partir do qual possam nos atacar com força ainda maior – disse Netanyahu, de acordo com uma declaração em hebraico de seu gabinete.
– Ninguém impedirá que nós, Israel, exerçamos nosso direito básico de nos defender: nem a Assembleia Geral da ONU nem nenhuma outra entidade. Permaneceremos unidos, de cabeça erguida, para defender nosso país – acrescentou.
A resolução adotada pela Assembleia concede à Palestina novas competências que superam seu status atual de Estado observador não membro e que definem sua participação na Assembleia Geral, sem lhe dar direito a voto ou a capacidade de se candidatar a eleições para órgãos da ONU.
O governo israelense expressou nesta quarta-feira que a decisão “não altera o status das áreas disputadas”, que “não constituirá uma base para futuras negociações” nem promoverá “uma solução pacífica”.
Apenas nove países votaram contra (entre eles Estados Unidos, Israel, Argentina, Hungria e República Tcheca) e 25 se abstiveram nessa resolução copatrocinada por Espanha, Irlanda, Noruega e Bélgica, juntamente com mais de 70 outros países.
Palestina
O Conselho já rejeitou a adesão total da Palestina em 18 de abril, com o único voto de bloqueio dos Estados Unidos, enquanto 12 membros do Conselho a apoiaram e dois se abstiveram. Em outras palavras, agora há um período indeterminado no qual o Conselho poderia voltar à questão, sem nenhuma clareza sobre o cronograma.
A maioria obtida pela resolução pró-Palestina excede os dois terços necessários, mas é pouco maior do que a obtida em 2012 para a entrada da Palestina como Estado observador, que teve 138 votos a favor e nove contra.