Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Neonazistas se proliferam no país durante a gestão Bolsonaro

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Segunda, 15 de Agosto de 2022 às 10:47, por: CdB

Relatório contabilizou 114 ocorrências neonazistas no Brasil, desde a posse de Bolsonaro. "Se naquele ano houve ao menos 12 ocorrências neonazistas, no ano seguinte foram identificadas 21 delas, em 2021, 49, e, no primeiro semestre deste ano, 32”, destaca o documento.

Por Redação - de Brasília
As organizações neonazistas, no Brasil, têm crescido de forma progressiva durante o mandato do presidente Jair Bolsonaro (PL). Relatório inédito do Observatório Judaico dos Direitos Humanos no Brasil, divulgado na coluna da jornalista Mônica Bergamo no diário conservador paulistano Folha de S.Paulo, mostra que as ocorrências de episódios neonazistas têm dobrado a cada ano, desde 2019.
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A líder da ultradireita alemã, Beatrix von Storch, e o marido, o neonazista Sven von Storch, sendo abraçados pelo presidente brasileiro, Jair Bolsonaro
A instituição contabilizou 114 ocorrências neonazistas no Brasil, desde a posse de Bolsonaro. "Se naquele ano houve ao menos 12 ocorrências neonazistas, no ano seguinte foram identificadas 21 delas, em 2021, 49, e, no primeiro semestre deste ano, 32”. Foram considerados episódios neonazistas aqueles que fizeram referências explícitas a Adolf Hitler, ao nazismo ou ao holocausto, incluindo fatos e símbolos do regime. Declarações que negaram a ocorrência do extermínio em massa ou que afirmaram que o nazismo foi um movimento de esquerda também foram contabilizadas.

Minorias

Segundo o Observatório Judaico dos Direitos Humanos no Brasil, esses dados "alertam para a normalização da desumanização e a licença para a violência característica do nazismo”. O fenômeno social, no entanto, já foi percebido pelo Departamento de Estado dos EUA. A autarquia publicou, há mais de um mês, informe sobre a liberdade religiosa no mundo. Em uma seção dedicada ao Brasil, o governo de Joe Biden lista ataques contra minorias religiosas e o encontro do presidente Jair Bolsonaro (PL) e representantes da extrema-direita alemã.
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