No sábado, a Ucrânia confirmou a morte do negociador. Segundo divulgou o governo, ele morreu em missão especial, ao lado de outros dois oficiais da inteligência. No entanto, não há explicações sobre mais detalhes do episódio.
Por Redação, com agências internacionais - de Kiev/Moscou
A guerra entre Ucrânia e Rússia também se dá no campo das versões opostas sobre as mesmas notícias. A morte de um dos negociadores da Ucrânia, Denis Kireyev, divulgada no fim de semana, teve duas explicações diferentes. Denis Kireyev, um banqueiro de 45 anos, ocupou cargos importantes em diversas instituições do Leste Europeu. Como mostram imagens do encontro em Belarus para a primeira rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia, no dia 28 de fevereiro, ele estava sentado à mesa como representante da delegação ucraniana, embora não fosse citado na lista de autoridades do país destacadas para a missão naquele dia, o que aumenta ainda mais o mistério sobre seu nome. No último dia 3, houve uma nova tentativa de negociações, já sem Kireyev. O terceiro encontro deve ocorrer nesta segunda-feira. No sábado, a Ucrânia confirmou a morte do negociador. Segundo divulgou o governo, ele morreu em missão especial, ao lado de outros dois oficiais da inteligência. No entanto, não há explicações sobre mais detalhes do episódio. Um tuíte do Exército da Ucrânia sobre o caso diz que "eles morreram defendendo o país". Segundo outra versão, publicada pela imprensa ucraniana e compartilhada por um deputado do país, Alexander Dubinski, Kireyev teria sido executado no sábado por agentes de segurança após ser preso sob a acusação de traição. O jornal russo Pravda pôs mais lenha na fogueira ao dizer que ele teria passado informações internas ao governo de Vladimir Putin. O Pravda acrescenta que, "de acordo com interlocutores nos círculos políticos, o Serviço de Segurança da Ucrânia tinha provas sólidas da traição de Kireyev, inclusive gravações de conversas telefônicas". O canal de TV Kanal 5, da Ucrânia, fez uma reportagem no início de fevereiro que denunciou as ligações de Kireyev com o governo russo.