Foi o que ocorreu, por exemplo, com a educação, em que elas respondem por cerca de dois terços do pessoal. Com a suspensão das atividades escolares, os estabelecimentos de ensino executaram corte de 1,6% do seu pessoal assalariado. Já na construção, setor em que 90,6% dos empregos são homens, houve aumento de 4,3% no número de assalariados.
Por Redação, com RBA - de São Paulo
Em 2020, primeiro ano da pandemia de covid-19 no Brasil, a perda de emprego atingiu majoritariamente as mulheres em comparação aos postos de trabalho perdido pelos homens. Enquanto naquele ano o número de homens ocupados assalariados caiu 0,9%, o de mulheres caiu 2,9%.
Do total de 825,3 mil empregos perdidos entre 2019 e 2020, cerca de 593,6 mil (ou 71,9%) eram ocupados por mulheres. Com isso, pela primeira vez desde 2009, houve queda na participação feminina na parcela da população ocupada e assalariada: de 44,8% em 2019, para 44,3% em 2020.
Os dados fazem parte de pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada na semana passada. De acordo com o levantamento, mesmo diante do agravamento da crise econômica naquele ano, alguns setores que historicamente empregam mais homens tiveram aumento de pessoal – caso de entregadores em geral e construção. Por outro lado, aqueles que ocupam mais mulheres se retraíram.
Comércio
Foi o que ocorreu, por exemplo, com a educação, em que elas respondem por cerca de dois terços do pessoal. Com a suspensão das atividades escolares, os estabelecimentos de ensino executaram corte de 1,6% do seu pessoal assalariado. Já na construção, setor em que 90,6% dos empregos são homens, houve aumento de 4,3% no número de assalariados.
O comércio, outro setor que sofreu durante a pandemia, teve queda de 2,5% no total de pessoal ocupado assalariado. Mas os cortes também se distribuíram de forma desigual. Para elas, que representam cerca de 20% do setor, a redução foi 3,2%, contra 1,9% dos homens.
O segmento com a maior queda de assalariados foi alojamento e alimentação, que fechou 373,2 mil vagas no período, retração de 19,4%. Nesse setor, as mulheres respondem por 55,7% do emprego assalariado.