A jornalista Cláudia Cruz é ré pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas
Por Redação, com Agências de Notícias - de Brasília:
O juiz Sérgio Moro, que coordena os processos da Operação Lava Jato em primeira instância, aceitou nesta quinta-feira a denúncia contra Cláudia Cruz, mulher do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A partir da aceitação de Moro, Cláudia Cruz vira ré na Operação Lava Jato pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Outras três pessoas passaram a ser investigadas na operação com a decisão.
Os outros investigados são: Idalécio de Castro Rodrigues de Oliveira, o lobista João Augusto Rezende Henriques, e o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada. Moro também expediu um novo mandado de prisão preventiva contra João Henriques, que já está detido.
Pedido de prisão de Cunha
Na terça-feira, o deputado peemdebista, Eduardo Cunha, rechaçou, em nota, a divulgação do pedido para sua prisão que foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Para Cunha o objetivo da reportagem no mesmo dia em que ele é julgado na Câmara é o de “constranger os parlamentares que defendem a minha absolvição buscando influenciar no seu resultado”.
No texto, Eduardo Cunha disse que não tomou ciência do conteúdo do pedido de prisão. "Por isso, não posso contestar as motivações. Mas vejo com estranheza esse absurdo pedido, divulgado no momento da votação no Conselho de Ética", destacou.
Para o deputado Nelzon Marchezan Júnior (PSDB-RS) disse que o pedido de prisão do peemedebista dá uma ideia de “oxigenação” para a sociedade.
- Intencional ou não, aceito ou não, o pedido de prisão de Eduardo Cunha, de José Sarney e do presidente do Senado Renan Calheiros tem uma simbologia muito especial para a sociedade brasileira. Dá uma ideia de oxigenação, de que instituições estão cumprindo seu papel e tentando punir os que historicamente representam tudo aquilo que a sociedade rejeita na política - afirmou.
Para Marchezan Júnior, nos mais de seis meses de processo, Cunha teve todas as oportunidades para apresentar seus argumentos, mas “não convenceu”.
- O deputado Marcos Rogério [relator do processo] fez um relatório impecável que destruiu qualquer um ou todos os argumentos apresentados pela defesa. Ele deixou de forma transparente e clara que esta Casa não possuiu outro caminho que não a perda do mandato de Eduardo Cunha, a não ser para os parlamentares que têm relação pessoal com Eduardo Cunha, aqueles que desenvolveram uma relação de proximidade, os que têm compromisso com ele, seja pessoal, seja em decorrência da presidência que exerceu aqui - completou.
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