O Ministério Público de São Paulo vai instaurar um inquérito civil para apurar a greve do Metrô que, na terça-feira, deixou quase 3 milhões de pessoas sem transporte na capital paulista. O responsável pelo inquérito será o promotor de Justiça José Carlos de Freitas.
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo fez a paralisação de 24 horas em protesto contra a Parceria Público Privada (PPP) que trata da concessão para a exploração dos serviços de transporte de passageiros da Linha 4 - Amarela.
Com a greve, o sindicato descumpriu uma liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo, que mandava os grevistas manterem em funcionamento 100% da frota de cada linha nos horários de pico - entre 6h e 9h e entre 16h e 19h - e 80% no restante do tempo. A entidade está obrigada a pagar a multa diária de R$ 100 mil, em favor do Hospital São Paulo, do Hospital das Clínicas e da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
A obrigação, no entanto, só terá de ser cumprida após determinação oficial do Judiciário. A legalidade da greve deve ser decidida pelo TRT até o fim desta semana.
A greve do metrô de São Paulo provocou caos na cidade. Muitas pessoas só ficaram sabendo da paralisação ao chegarem nas estações. Foram colocados mais ônibus nas ruas e os trens da Companhia de Trens Metropolitanos (CPTM) ficaram superlotados. O rodízio municipal de veículos foi suspenso e o congestionamento chegou ao recorde do ano - 188 km às 9h.