Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Movimento de juros nos EUA e UE repercute nas decisões do Copom

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Quinta, 01 de Fevereiro de 2024 às 17:37, por: CdB

Há “muito espaço” para os bancos centrais globais reduzirem as taxas nos próximos meses, disse Xavier à agência norte-americana de notícias Bloomberg, convicto de que março será mês chave para o início do ciclo de cortes dos países desenvolvidos.


Por Redação, com Bloomberg - de Brasília e Nova York, NY-EUA

O esperado início de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano), o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra em março deverá ser um gatilho para que o Banco Central (BC) brasileiro possa acelerar o ritmo de afrouxamento no país. A previsão é do sócio fundador da SPX Capital Rogério Xavier.

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Devido aos juros excessivamente altos, o país vive o risco de uma possível crise de crédito


Há “muito espaço” para os bancos centrais globais reduzirem as taxas nos próximos meses, disse Xavier à agência norte-americana de notícias Bloomberg, convicto de que março será mês chave para o início do ciclo de cortes dos países desenvolvidos.

— Se isso acontecer, haverá um cenário de inflação com ‘cara boa’, com (as projeções do) Focus recuando mais próximo ao centro da meta — disse Xavier no evento Latin America Investment Conference (LAIC), organizado pelo UBS na capital paulista.

 

Ritmo


Nos EUA, a atividade econômica ‘está forte’, com inflação na meta, o que permite ao país - assim como ao Brasil - remover o excesso de aperto monetário. Na outra ponta, segundo Xavier, se a decisão de início de relaxamento monetário nos EUA for adiada para depois de março, será “difícil” para os diretores liderados por Roberto Campos Neto acelerarem o ritmo.

Os bancos centrais dos Estados Unidos e do Brasil anunciaram suas respectivas decisões de política monetária na véspera. Por aqui, o corte foi de 0,50 ponto percentual da Selic, para 11,25% ao ano, e o Fed manteve a taxa no patamar de 5,25% a 5,50%.

— A desaceleração da economia chinesa, as elevadas cargas de dívida que as empresas desse país enfrentam e um setor imobiliário em dificuldades configuram os principais riscos para a economia global — disse Xavier.

Ainda segundo o sócio da SPX, “se nós errarmos o cenário da China, erraremos tudo. Pode ser um fator de desestabilização muito forte”, alertando para um “efeito cascata” para os pares emergentes, mesmo com os bancos centrais no meio do ciclo de afrouxamento monetário.

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