Questionado sobre a oferta polonesa à Finlândia durante uma ligação com repórteres, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse: "Essa é uma medida absolutamente redundante para garantir a segurança da fronteira porque não há nenhuma ameaça lá".
Por Redação, com Reuters - de Moscou
Qualquer decisão da Finlândia de permitir uma "concentração" de tropas em sua fronteira com a Rússia seria vista por Moscou como uma ameaça, disse o Kremlin nesta quarta-feira, depois que a Polônia se ofereceu para enviar conselheiros militares para ajudar Helsinque a policiar a fronteira.
O chefe do Departamento de Segurança Nacional da Polônia, Jacek Siewiera, disse em uma postagem na mídia social X no final da terça-feira que a Polônia enviaria conselheiros militares para sua aliada da Otan Finlândia, em resposta a "um pedido oficial de apoio aliado diante de um ataque híbrido na fronteira finlandesa".
– Uma equipe de conselheiros militares fornecerá conhecimento no local sobre segurança de fronteiras, também em termos operacionais – disse ele.
A Finlândia afirmou nesta quarta-feira que não tinha conhecimento da oferta polonesa. O país fechou toda a sua fronteira de 1.340 km com a Rússia por duas semanas, em uma tentativa de deter um fluxo excepcionalmente grande de solicitantes de asilo que, segundo Helsinque, equivale a um "ataque híbrido" orquestrado por Moscou, uma acusação que o Kremlin nega.
Questionado sobre a oferta polonesa à Finlândia durante uma ligação com repórteres, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse: "Essa é uma medida absolutamente redundante para garantir a segurança da fronteira porque não há nenhuma ameaça lá".
"Os finlandeses precisam estar claramente cientes de que isso representará uma ameaça para nós, um aumento na concentração de unidades militares em nossas fronteiras."
Qualquer deslocamento planejado seria não provocado e injustificado, disse Peskov.
Guarda de Fronteira da Finlândia
A Guarda de Fronteira da Finlândia e o Ministério do Interior disseram não ter conhecimento de nenhum plano para trazer conselheiros militares poloneses para a fronteira oriental da Finlândia.
Os ministérios das Relações Exteriores e da Defesa da Finlândia e suas forças de defesa não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.