Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Mortos do acidente de trem no Japão já são 73

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Terça, 26 de Abril de 2005 às 06:32, por: CdB

As equipes de resgate trabalharam durante a noite desta segunda-feira madrugada de terça para tentar encontrar mais algum sobrevivente em meio aos destroços de um trem que descarrilou no Japão e deixou pelo menos 73 mortos, no mais grave acidente ferroviário do país em 40 anos.

As investigações em torno da causa do acidente concentram-se na velocidade em que o trem estava no momento em que saiu dos trilhos na cidade de Osaka, oeste do país, e se chocou contra um prédio de apartamentos na hora do rush desta segunda-feira.

A polícia realizou buscas nesta terça-feira (horário local) nos escritórios da operadora ferroviária West Japan Railway (JR West). A suspeita é de negligência profissional. Três sobreviventes foram retirados dos destroços, mais cedo, duas mulheres foram encontradas com vida.

Trabalhadores das equipes de resgate vestidos de laranja aparentemente se preparavam para usar guindastes maiores e outros equipamentos de maior porte usados em construções para realizar as buscas. A polícia disse não poder afirmar se mais alguém estava nos destroços.
Mais de 150 das 440 pessoas que ficaram feridas estão em estado grave, segundo a imprensa japonesa.

Os sobreviventes que estavam no trem que levava 580 passageiros disseram ter sentido que a composição, que estava atrasada, ia mais rápido do que o normal.

- Eu acho que o maquinista estava com pressa, porque o trem estava atrasado. Ele estava tão rápido que nós chegamos a uma curva e eu achei que não conseguiríamos fazê-la - disse um jovem de cerca de 20 anos, com o rosto ensaguentado, à emissora de televisão pública, NHK.
O maquinista, de 23 anos e com 11 meses de experiência, ainda está desaparecido.

Cinco dos sete vagões da composição descarrilaram. Foi o pior acidente ferroviário no Japão desde 1963 quando cerca de 160 pessoas morreram em uma colisão entre vários trens em Yokohama.

O acidente da segunda-feira, no entanto, é o pior desde que a malha ferroviária do país foi privatizada em 1987.

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