Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Morte de refém não tira búlgaros do Iraque

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Quarta, 14 de Julho de 2004 às 07:12, por: CdB

O governo búlgaro reafirmou nesta quarta-feira suas políticas para o Iraque e disse que não retiraria suas forças do território iraquiano apesar do assassinato de um refém búlgaro por militantes e da ameaça de que enforquem um segundo refém do país.

"Não há mudanças na política da Bulgária para o Iraque neste momento. Não estamos avaliando a possibilidade de retirar nossas forças", disse à Reuters Dimitar Tsonev, porta-voz do governo.
A Bulgária mantém 470 militares no território iraquiano como parte das forças de ocupação lideradas pelos EUA.

O país europeu, membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), realizou esforços diplomáticos para salvar os dois motoristas de caminhão búlgaros, mantidos reféns por um grupo militante que ameaçava matá-los se prisioneiros não fossem libertados pelos norte-americanos.

A rede de TV árabe Al Jazeera disse nesta terça-feira que não levaria ao ar o vídeo mostrando o grupo liderado por Abu Musab Al Zarqawi, suposto aliado da rede Al Qaeda, matando um dos búlgaros porque as imagens eram chocantes demais.

"A Bulgária precisa continuar a dar apoio ao Iraque e à reconstrução, à estabilização e ao desenvolvimento democrático do país", afirmou o primeiro-ministro búlgaro, Simeon Saxe-Coburg, em um comunicado também assinado pelo presidente Georgi Parvanov e pelo Parlamento.

Na quinta-feira passada, os militantes ameaçaram matar os reféns em 24 horas se os EUA não libertassem os iraquianos detidos. Nesta terça-feira, o grupo voltou a prometer executar o segundo refém búlgaro dentro de 24 horas se os norte-americanos não atendessem às demandas dele.

As autoridades búlgaras não divulgaram qual dos dois reféns, se Georgi Lazov, 30, ou Ivailo Kepov, 32, tinha sido morto. Meios de comunicação búlgaros disseram que a vítima da execução foi Lazov.

Os dois motoristas transportavam carros da Bulgária para a cidade de Mosul, no norte do Iraque, quando desapareceram no dia 27 de junho. A Bulgária disse que eles são simplesmente trabalhadores, e não pessoas envolvidas com política.

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