Trata-se do centenário Karl Wilhelm Stark, acusado de vários massacres cometidos nos Apeninos Toscano-Emilianos, em 1944, quando mais de 130 pessoas foram mortas, e Alfred Stork, 97 anos, responsabilizado pelo fuzilamento de "ao menos 117 oficiais italianos.
Por Redação, com Ansa - de Roma
Os dois últimos soldados nazistas condenados à prisão perpétua pelo assassinato indiscriminado de italianos morreram na Itália, informou à agência italiana de notícias Ansa o procurador-geral militar, Marco De Paolis, neste domingo.
Trata-se do centenário Karl Wilhelm Stark, acusado de vários massacres cometidos nos Apeninos Toscano-Emilianos, em 1944, quando mais de 130 pessoas foram mortas, e Alfred Stork, 97 anos, responsabilizado pelo fuzilamento de "ao menos 117 oficiais italianos" em setembro de 1943, na ilha grega de Cefalônia.
Nenhum dos dois alemães sobreviventes jamais cumpriu um dia de prisão ou detenção domiciliar.
Nazifascistas
Ao todo, 60 sentenças de prisão perpétua foram infligidas pelo judiciário militar italiano após a descoberta, em 1994, do chamado "Gabinete da Vergonha", onde centenas de arquivos de massacres nazifascistas haviam sido escondidos em 1960.
Apesar das condenações, nenhuma foi executada porque os pedidos de extradição ou cumprimento da pena nos países dos condenados não foram atendidos.
Entre os dois únicos que cumpriram as penas está Erich Priebke, ex-oficial da SS - organização militar ligada ao partido nazista de Adolf Hitler - durante a Segunda Guerra Mundial, que foi condenado à perpétua por participação no Massacre das Fossas Ardeatinas, em Roma, em março de 1944, no qual 335 civis italianos perderam a vida pelas mãos das forças nazistas.