Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Moradores protestam contra reintegração de posse em SP

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Segunda, 13 de Julho de 2015 às 07:37, por: CdB
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Os manifestantes são moradores de três ocupações no extremo sul da cidade
Uma manifestação bloqueou a Avenida Senador Teotônio Vilela, próximo ao terminal de ônibus Largo do Rio Bonito, na capital paulista. A via foi liberada por volta das 8h e o protesto se concentrou em frente a subprefeitura da Capela do Socorro, onde pedem uma reunião com representantes do órgão. Os manifestantes são moradores de três ocupações no extremo sul da cidade e uma delas tem reintegração de posse marcada para esta terça-feira. A estimativa das lideranças é que 350 pessoas participaram do protesto. A Polícia Militar não informou o número de manifestantes. De acordo com Leanir José da Costa, coordenador do Movimento Plínio de Arruda Sampaio, ocupação que sofrerá a reintegração de posse, o terreno no Jardim Sabiá foi ocupado em julho do ano passado. No local, vivem 400 famílias, num total de 1,2 mil pessoas. - Não houve discussão com a subprefeitura, não tem um levantamento da vulnerabilidade das pessoas que vivem ali - reclamou Leanir. Os manifestantes vão se dirigir à subprefeitura da Capela do Socorro. Além da Plínio de Arruda Sampaio, os manifestantes pedem atenção às ocupações Novo Recanto e Jardim da União, que também correm risco de sofrer reintegração de posse. Eliane Pereira de Pontes, de 62 anos, é vendedora ambulante. Ela vende salgadinhos e refrigerantes num carrinho de mão pelas ruas do extremo sul. “Não sou aposentada, nunca tive uma moradia digna. Eu espero que isso não aconteça, essa reintegração. Eu não sei nem o que fazer, todo mundo agoniado, muita criança. Tem pai de família, mãe de família, cadeirantes. Esses governantes têm que ter compaixão, piedade, misericórdia de nós,” disse. Kleber Tadeu Silva, de 37 anos, é repositor de supermercado e vive atualmente na ocupação Plínio de Arruda Sampaio. Ele ficou desempregado recentemente e não sabe o que fazer a partir de terça-feira. “Não tenho lugar para onde ir, não tenho como pagar aluguel. Minha mulher engravidou, estou numa situação complicada. Por isso estamos na rua, para tentar ver se a gente consegue a nossa moradia,” lamentou. A equipe de reportagem da Agência Brasil entrou em contato com a Secretaria de Habitação, mas ninguem atendeu às ligações.
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