Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Monitor do PIB confirma produção acelerada ao longo do último trimestre

Arquivado em:
Quarta, 20 de Setembro de 2023 às 19:30, por: CdB

Considerando-se apenas o mês de julho, a atividade econômica do país recuou 0,3% em relação a junho deste ano, mas avançou 1,8% na comparação com julho do ano passado. Segundo a FGV, o crescimento de 2,7% na comparação do trimestre móvel encerrado em julho com o mesmo período de 2022 foi puxado pelo consumo das famílias, que avançou 2,6%.


Por Redação - do Rio de Janeiro

O Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - cresceu 2,7% no trimestre encerrado em julho deste ano, ou seja, de maio a julho, na comparação com o mesmo período do ano passado. O dado é do Monitor do PIB, da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado nesta quarta-feira.

queda.jpg
As projeções do BC para o PIB deste ano tem sido mais otimistas do que no mês passado


Considerando-se apenas o mês de julho, a atividade econômica do país recuou 0,3% em relação a junho deste ano, mas avançou 1,8% na comparação com julho do ano passado. Segundo a FGV, o crescimento de 2,7% na comparação do trimestre móvel encerrado em julho com o mesmo período de 2022 foi puxado pelo consumo das famílias, que avançou 2,6%, e pelas exportações, que cresceram 15,1% no período. A queda de 0,9% das importações também contribuiu para o desempenho positivo do PIB nacional.

Na outra ponta, a formação bruta de capital fixo - isto é, os investimentos - recuou 3,2%, principalmente devido à queda de 9,4% no segmento de máquinas e equipamentos. De acordo com a FGV, o PIB acumulado do país nos sete primeiros meses deste ano é de R$ 6,11 trilhões.

 

Preços


Embora a economia do país permaneça em tendência de alta, o comportamento dos preços segue na direção contrária. A inflação brasileira ainda tem espaço para fechar o ano de 2023 abaixo do teto da meta, segundo analistas da FGV. No entanto, os preços dos combustíveis e seus efeitos indiretos sobre a economia representam o "grande ponto de incerteza" para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Na avaliação do economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). Apesar da recente subida das cotações do petróleo, o que pode compensar o impacto de eventuais altas dos combustíveis no Brasil é a queda dos preços dos alimentos, segundo o pesquisador.

O IPCA, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), serve como referência para a meta de inflação perseguida pelo Banco Central (BC). No acumulado de 2023, o centro da medida é de 3,25%. A tolerância é de 1,5 ponto percentual para mais (4,75%) ou para menos (1,75%). Ou seja, a meta será cumprida se o IPCA ficar dentro desse intervalo até dezembro.

 

Alimentos


Braz participou nesta terça-feira da divulgação dos novos dados do Índice de Preços dos Gastos Familiares (IPGF), indicador lançado neste ano pelo FGV Ibre. Braz, no entanto, destaca que a recente alta dos preços do petróleo no mercado internacional pode forçar reajustes em produtos como a gasolina e o óleo diesel no Brasil.

— Ainda há espaço para a gente ter no IPCA uma inflação dentro do intervalo de tolerância da meta. Quer dizer, um número até 4,75%, mesmo se a Petrobras divulgar novos reajustes. Do outro lado, a alimentação vem caindo de preço. Os alimentos estão compensando outras fontes de pressão — afirmou, a jornalistas.

Na mediana, as projeções de analistas do mercado financeiro apontam IPCA de 4,86% em 2023, conforme a edição mais recente do boletim Focus, divulgada na segunda-feira pelo BC. A estimativa está acima do teto da meta, mas diminuiu em relação ao relatório anterior (4,93%).

Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo