Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Ministro do Esporte deixa o cargo a menos de cinco meses dos Jogos Olímpicos

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Quarta, 23 de Março de 2016 às 11:47, por: CdB

 

A saída do ministro do Esporte foi uma decisão "técnica" para evitar confronto com o PRB, partido que anunciou na semana passada que estava deixando a base do governo, segundo Wagner

Por Redação, com Reuters - do Rio de Janeiro:     O ministro do Esporte, George Hilton, deixou o cargo a menos de cinco meses das Olimpíadas do Rio de Janeiro, em meio a uma disputa envolvendo seu antigo partido, o PRB. Hilton deve ser substituído pelo secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento, Ricardo Leyser, do PCdoB, afirmou nesta quarta-feira o ministro Jaques Wagner, chefe de gabinete da presidenta Dilma Rousseff. A saída do ministro do Esporte foi uma decisão "técnica" para evitar confronto com o PRB, partido que anunciou na semana passada que estava deixando a base do governo, segundo Wagner.
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O ministro do Esporte, George Hilton, deixou o cargo a menos de cinco meses das Olimpíadas
– A questão do ministro George Hilton, que aliás a presidente tem grande apreço por ele, foi muito mais uma indisposição dele dentro do PRB. Ele foi para o Pros e não tinha negociação com o Pros para ter ministério – disse Wagner em entrevista a mídia internacional no Rio de Janeiro. – O Leyser é o cara que mais acompanhou o processo da Olimpíada, porque está lá desde o tempo do Aldo – acrescentou, em referência ao ex-ministro do Esporte e atual ministro da Defesa, Aldo Rebelo, que também é do PCdoB. A saída de Hilton neste momento é uma tentativa do governo de reaproximação com o PRB, de acordo com uma fonte do Palácio do Planalto. O movimento é mais uma aposta do Planalto para tentar barrar o avanço do processo de impeachment contra Dilma no Congresso. Após o desembarque do partido na semana passada, Hilton se desfiliou da legenda afirmando que gostaria de permanecer no cargo. O ministro decidiu trocar de partido, indo para o Pros. Hilton, que ao deixar o PRB nem mesmo comunicou sua saída ao presidente do partido, Marcos Pereira, virou um empecilho para essa aproximação, daí sua demissão, acrescentou a fonte. O partido, no entanto, reiterou nesta quarta que não faz mais parte da base de apoio do governo e que continuará atuando de forma independente no Congresso Nacional. – Diferente do que tem sido publicado em blogs e sites de notícias, o PRB não voltará à base do governo Dilma e continuará independente – disse o partido. O Palácio do Planalto tenta, no entanto, negociar uma aliança informal com o partido, confirmou à Reuters a fonte. O partido manteria a independência, mas não assumiria uma posição de oposição. O governo planeja colocar Leyser como ministro, com quem o PRB não teria problemas, e oferece ao partido o restante dos cargos do ministério. Na sua nota, o PRB nega essa negociação e diz que os três secretários indicados pelo partido, Marcos Jorge, Rogerio Hamam e Carlos Geraldo,  já colocaram os respectivos cargos à disposição e apenas esperam a indicação de substitutos para pedir a exoneração. O Planalto, no entanto, ainda tenta reverter essa posição.  
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