O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, reúne-se na tarde desta segunda-feira com representantes dos estados nordestinos para discutir ações do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa na região. Apenas os estados da Bahia e Sergipe são consideradas zonas livres da aftosa no Nordeste.
O gerente de Defesa Animal da Secretaria Estadual de Agricultura e Pecuária do Ceará, Joaquim Sampaio Barros, disse que, embora não tenham ocorrido casos de aftosa desde 1997, o estado ainda é considerado zona de risco desconhecido, a pior classificação no ranking do programa. Isso acontece porque o rebanho cearense ainda não alcançou a meta estabelecida, que é garantir que 80% do rebanho, por município, esteja vacinado.
Segundo Sampaio, em 2004, na primeira etapa da vacinação em abril, a Defesa Animal do Ceará conseguiu cobertura de 81% do rebanho total, mas na segunda fase, em setembro, o índice caiu para 71%. O motivo, na opinião de Sampaio, é mais cultural do que econômico:
- Há um mito entre os nossos pecuaristas de que a aftosa só ataca no inverno, que é a época das chuvas no Ceará. Aí, precisa vacinar o gado. No verão, que é a estação seca, já não haveria essa necessidade. É cultural e a gente precisa desmontar esse mito aos poucos - disse ele.
Joaquim Sampaio afirmou que a erradicação da aftosa não interessa apenas aos pecuaristas, mas afeta toda a exportação cearense, porque:
- As barreiras fitossanitárias impostas por diversos países impedem a entrada de qualquer produto que venha de uma área de onde a febre aftosa não tenha sido erradicada.
Ministro discute em Fortaleza ações para erradicação da aftosa
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Segunda, 11 de Abril de 2005 às 12:16, por: CdB