O exército iemenita ordenou ontem à noite que as tropas cessassem fogo a partir da meia-noite local em toda a província de Hodeida, sua capital homónima e os portos de Hodeida, Salif e Ras Eissa, às margens do mar Vermelho.
Por Redação, com EFE - de Saná
Os rebeldes houthis do Iêmen acusaram nesta terça-feira as forças governamentais de violar o cessar-fogo que entrou em vigor à meia-noite na cidade de Hodeida, em aplicação de um acordo alcançado com mediação da ONU. Em comunicado, o Centro de Informação do movimento Ansar Allah, como se denominam os houthis, chamou as forças governamentais de "hipócritas" e lhes acusou de lançar um míssil e projéteis de artilharia em Hodeida. – Os hipócritas lançaram um míssil e vários projéteis de artilharia em direção ao hotel Al Ittihad, em uma violação clara do acordo do cessar-fogo – detalhou a nota. Moradores de Hodeida consultados por telefone pela agência espanhola de notícias EFE confirmaram disparos intermitentes nas últimas horas. No entanto, um residente da área próxima ao hotel Al Ittihad, Ahmed Hamdy, afirmou que neste momento não estão ocorrendo enfrentamentos entre os rebeldes, que controlam a cidade, e as forças governamentais, que a rodeiam há semanas. O exército iemenita ordenou ontem à noite que as tropas cessassem fogo a partir da meia-noite local em toda a província de Hodeida, sua capital homónima e os portos de Hodeida, Salif e Ras Eissa, às margens do mar Vermelho. Os houthis também se comprometeram a deter as hostilidades a partir desta terça-feira e a ONU informou ontem à noite que uma equipe conjunta começaria a supervisionar a implementação da trégua no terreno. Governo e rebeldes alcançaram na quinta-feira passada na Suécia um acordo para um cessar-fogo imediato em Hodeida, que está controlada pelos rebeldes desde 2014 e sobre a qual as forças governamentais lançaram uma ofensiva em junho. O acordo será implementado em fases e prevê a retirada de todas as forças militares da cidade em um prazo de 21 dias depois da implementação da trégua.