Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Milhares de crianças são retiradas da região russa de Belgorod

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Segunda, 01 de Abril de 2024 às 10:46, por: CdB

A Rússia tem relatado quase diariamente, e há vários dias, o abate de drones e mísseis em regiões fronteiriças com a Ucrânia, particularmente em Belgorod, que tem sofrido várias incursões de milícias voluntárias russas que lutam do lado ucraniano.


Por Redação, com Lusa eCartaCapital  - de Moscou


Mais de 6 mil crianças foram retiradas da região russa de Belgorod, na fronteira com a Ucrânia, informou nesta segunda-feira o governador regional, Viacheslav Gladkov.




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Elas estão sendo enviadas a quase 30 regiões da Federação Russa

– Continuamos a enviar os nossos filhos para outras regiões. Já existem mais de 6 mil crianças em quase 30 regiões da Federação Russa – escreveu Gladkov no Telegram.


As autoridades de Belgorod, que estimam em mais de 25 o número de mortes na região devido aos ataques ucranianos desde 12 de março, anunciaram planos para retirar cerca de 9 mil crianças para locais mais seguros.



Ataques ucranianos


Gladkov também relatou o pagamento de indenizações aos agricultores pelos danos causados por ataques ucranianos.


– Hoje transferimos 400 milhões de rublos (cerca de US$ 4,3 milhões) para 35 produtores agrícolas, que foram prejudicados pelos bombardeios das Forças Armadas Ucranianas – disse no Telegram.


A Rússia tem relatado quase diariamente, e há vários dias, o abate de drones e mísseis em regiões fronteiriças com a Ucrânia, particularmente em Belgorod, que tem sofrido várias incursões de milícias voluntárias russas que lutam do lado ucraniano.



França entregará à Ucrânia veículos blindados de mais de 40 anos


A França entregará à Ucrânia centenas de veículos blindados antigos, com mais de 40 anos de uso, mas “ainda funcionais”, e mísseis Aster, em um novo pacote de ajuda para Kiev enfrentar a ofensiva da Rússia. O anúncio foi feito pelo ministro da Defesa francês, Sébastien Lecornu.

– Para manter uma linha de frente tão grande, o exército ucraniano precisa, por exemplo, dos nossos veículos blindados de frente (VAB, na sigla em francês). Isso é absolutamente fundamental para a mobilidade das tropas – explicou Lecornu, em uma entrevista ao La Tribune publicada na noite do sábado.


– Estes equipamentos antigos, ainda operacionais, poderão beneficiar diretamente a Ucrânia em quantidades significativas. Podemos falar de centenas deles para 2024 e início de 2025 – acrescentou.


Os veículos blindados VAB, com mais de 40 anos, estão sendo substituídos no Exército francês pela nova geração de veículos blindados Griffon.


Respondendo aos pedidos urgentes de Kiev para reforçar suas capacidades de defesa antiaérea, Paris também irá “desbloquear um novo lote de mísseis Aster 30” para o dispositivo SAMP/T MAMBA, o equivalente ao American Patriot.


– Também estamos desenvolvendo munições teleguiadas em um espaço de tempo muito curto, para entregá-las aos ucranianos nos próximos meses – acrescentou o ministro.



Prioridades militares


Na última terça-feira, Lecornu indicou que não descartava recorrer a requisições ou exigir que os fabricantes dessem prioridade às necessidades militares sobre as civis, para acelerar a produção. Paris ordena à indústria de defesa francesa que produza cada vez mais rapidamente para satisfazer à demanda do seu exército e garantir o apoio a longo prazo à Ucrânia.


– O fabricante europeu de mísseis MBDA nos deve entregas rápidas. Nesta sexta-feira foram publicados decretos sobre o poder de polícia do ministro das Forças Armadas em termos de obrigações de estoques, priorização de contratos e até requisição – declarou ele no sábado.


– Pedi à Direção-Geral de Armamento (DGA) que me apresentasse propostas para a implementação destas medidas para acelerar a produção do míssil Aster –  continuou. “A DGA emitirá uma primeira liminar à MBDA para que esta constitua estoques suficientes de componentes. Para que fique claro, exijo a constituição de estoques para produção de munições.”



Rebeldes houthis


O ministro argumentou que, além da Ucrânia, a França também precisava dos mísseis para lutar no Mar Vermelho contra os ataques dos rebeldes houthis iemenitas. Em novembro, os houthis apoiados pelo Irã iniciaram uma campanha de ataques com drones e mísseis contra navios na região, crucial para o comércio global.


– Além disso, nas exportações, notei que a indústria francesa tinha perdido alguns contratos nos países do leste europeu. No entanto, para vender armas para exportação é preciso ser bom em tecnologias, em preços, em diplomacia, mas agora temos também de ser bons em prazos de entrega – insistiu Lecornu.




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