Pela política nacional de resíduos sólidos, aprovada em 2010, no final do segundo governo do presidente Lula (PT), o prazo era até 2014. Mas sem conseguirem cumprir, os municípios tiveram prazo estendido, que acabou em 2022. E novamente foi ampliado para 2024.
12h46 - de Brasília
O Brasil, mais uma vez, não vai conseguir cumprir sua meta de acabar com os lixões e aterros, agora prevista para o ano que vem. Ou seja, esses depósitos de lixo em todo o país, muitos ainda a céu aberto, continuarão recebendo resíduos e causando uma série de problemas ambientais e de saúde. O alerta foi feito pela socióloga Elisabeth Grinberg em entrevista a Silvio Caccia Bava, do semanário Le Monde Diplomatique Brasil, em programa transmitido pela TVT.

Pela política nacional de resíduos sólidos, aprovada em 2010, no final do segundo governo do presidente Lula (PT), o prazo era até 2014. Mas sem conseguirem cumprir, os municípios tiveram prazo estendido, que acabou em 2022. E novamente foi ampliado para 2024.
Outros atores
Segundo a especialista com atuação no Instituto Polis e Aliança Resíduo Zero Brasil, são muitas as razões para uma nova protelação. Entre elas, a falta de capacitação dos gestores municipais e de recursos. Mas esse problema complexo, acredita, está associado também a lacunas na própria política de resíduos, a padrões de consumo e a questões econômicas que envolvem a indústria e seu compromisso unicamente com o lucro.
A logística reversa, por exemplo, só existe no papel. Criada pela política de resíduos sólidos, determina a responsabilidade das empresas pelas embalagens e resíduos sólidos que colocam no ambiente por meio de seus produtos. Mas ao mesmo tempo, define que deverá ser cumprida também por outros atores, como comerciantes, já que trata-se de uma política de responsabilidade compartilhada.